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Programa de líderes em inovação

Cinco estudantes do Ensino Médio da rede estadual do Paraná embarcaram nesta quinta-feira (10) para Portugal, onde participarão do programa internacional Sustainable Living Innovators (SLI), que acontece em Matosinhos, entre os dias 14 de julho e 8 de agosto. A iniciativa é promovida pelo Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA), em parceria com a Fundação Araucária.

O programa tem como objetivo formar futuros líderes em tecnologia e sustentabilidade, desafiando os participantes a pensar e desenvolver soluções inovadoras para problemas reais da sociedade, utilizando tecnologias espaciais, especialmente aquelas voltadas à exploração lunar.

A seleção foi direcionada a estudantes da 2ª e 3ª séries do Ensino Médio que participam dos Clubes de Ciência do programa Rede Paraná Faz Ciência. Cinco alunos foram escolhidos depois de um processo que incluiu a produção de um texto-resposta à pergunta: "Como as tecnologias de exploração da Lua podem melhorar a vida na Terra?", abordando uma das quatro dimensões propostas: construção, mobilidade, energia ou saúde e bem-estar.

Entre os critérios de avaliação estavam, por exemplo, a participação ativa no clube, envolvimento em atividades extracurriculares, bom desempenho escolar, domínio do inglês e motivação pessoal para participar do programa.

Os estudantes selecionados foram Davi Afonso Rezende, aluno do Instituto de Educação Estadual de Maringá; Laura Mattos Stein, do CEEP Pedro Boaretto Neto, de Cascavel; Lucas Gabriel Vicari Koehler, do Colégio Estadual Elias Abrahão, de Curitiba; Rafaela Zerbielli, do Colégio Estadual Padre Chagas, de Guarapuava; e Renan Ulisses Galdino, do Colégio Estadual Professora Tereza da Silva Ramos, de Matinhos.

Davi Afonso Rezende, de 17 anos, aluno do clube de Ciências Cienteens, idealizou o projeto LUNAWEB, uma rede de sensores equipados com inteligência artificial, inspirada em tecnologias espaciais, para o monitoramento de florestas. "A minha proposta visa identificar em tempo real focos de incêndio e desmatamento ilegal, utilizando sensores autônomos e resistentes às condições extremas do meio ambiente", conta. "Os dispositivos se comunicam com satélites, que retransmitem as informações às autoridades competentes, como bombeiros ou polícias ambientais".

Segundo Davi, o projeto também prevê sensores autorreparáveis e capazes de operar em modo de espera, o que amplia significativamente sua vida útil. "As tecnologias lunares são mais resistentes, por isso, meu objetivo é adaptá-las para a Terra e criar dispositivos que possam funcionar por longos períodos sem a necessidade de manutenção frequente", explica.