O governo do Estado lançou, nesta terça-feira (10/6), dois programas voltados à recuperação produtiva da agricultura familiar: Operação Terra Forte e Milho 100%. O investimento inicial das duas iniciativas é de R$ 480 milhões. O evento contou com a apresentação do governador Eduardo Leite, do titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Vilson Covatti e do presidente da Emater/RS, Luciano Schwerz. Realizado no Palácio Piratini, o ato lotou os salões Negrinho do Pastoreio e Alberto Pasquilini.
O governador destacou a relevância dos produtores para o desempenho econômico do Estado e a necessidade de apoiar o setor. "Teremos quase meio bilhão injetado diretamente na base da economia do Rio Grande do Sul, que é o agronegócio. Os impactos climáticos nos últimos anos foram muitos, e quando sofre o agro gaúcho, sofrem todos, porque o desempenho do setor está intimamente ligado ao do Estado", avaliou. "Ao longo dos últimos seis anos, com as estiagens recorrentes, aconteceram perdas econômicas que equivalem a 60% do PIB de um ano inteiro. Por isso, estamos trabalhando para apoiar o produtor de forma tecnicamente responsável, com programas que tiveram muito estudo e trabalho no seu desenvolvimento."
O programa Operação Terra Forte (Programa de Recuperação Socioprodutiva, Ambiental e de Incremento da Resiliência Climática da Agricultura Familiar Gaúcha) é a maior ação de recuperação de solos já proposta pelo Estado, com ações difusionistas de práticas sustentáveis de produção, posicionando a agricultura familiar como eixo estratégico na reconstrução do Rio Grande do Sul.
O financiamento do programa será realizado com recursos do Fundo de Reconstrução do Rio Grande do Sul (Funrigs), e terá investimento de R$ 300 milhões na primeira fase.
O programa integra o Plano Rio Grande, programa de Estado liderado por Leite que foi criado para reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro. Podem participar os agricultores familiares de acordo com a Lei da Agricultura Familiar (Lei Federal 11.326/2006) e pecuaristas familiares de acordo com a Lei da Pecuária Familiar (Lei Estadual 13.515/2010).
Para Covatti, o programa é uma ação feita por muitas mãos. "Após os eventos meteorológicos, nos reunimos com a equipe técnica da Emater e da nossa secretaria e identificamos a necessidade de realizarmos uma operação que criasse mecanismos para recuperar a capacidade produtiva dos agricultores familiares. Dialogamos com universidades, instituições de pesquisa e cooperativas e, assim, elaboramos o programa - que será uma virada de chave na agricultura familiar do Estado", projetou.