As contratações públicas movimentaram, só na Região Sul, ao longo deste ano, mais de R$ 49 bilhões. Desse montante, R$ 22 bilhões foram negociados no Paraná, estado que, nesta terça-feira (10), sediou a 5ª oficina regional da Estratégia Nacional de Contratações Públicas para o Desenvolvimento Sustentável (ENCP). O evento teve o apoio da Escola de Gestão do Paraná, ligada à Secretaria estadual de Administração e da Previdência.
À frente desta estratégia conjunta de incremento das contratações está o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). O órgão está percorrendo todas as regiões do País e, no Sul, vai contar com a parceria do Governo do Paraná e a participação de gestores públicos dos demais estados.
Cerca de 180 pessoas participaram do encontro que promoveu o debate de informações que podem impulsionar o volume de compras governamentais. A meta é que, junto com o aumento das aquisições públicas, a população local se beneficie com mais inclusão social, inovação ambiental e reforço na economia.
Somente neste ano, o Brasil já movimentou R$ 388 bilhões em contratações públicas, distribuídas em 401 mil processos de compras - número que deve crescer de forma significativa até dezembro, podendo superar os R$ 600 bilhões registrados em 2024.
"Essa engrenagem, que representa 16% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, precisa de diretrizes modernas, alinhadas aos desafios sociais e ambientais do século XXI", afirma Roberto Pojo, secretário de Gestão e Inovação (Seges) do MGI.
A região Sul já acumula, desde janeiro, mais de 102 mil processos de compras públicas, firmando-se como a segunda maior em volume de contratações no País, atrás apenas da região Sudeste.
Para a representante do Paraná e diretora-geral da Secretaria da Administração e da Previdência, Maria Carmen Carneiro Albanske, eventos como este são oportunidades de estimular e divulgar boas práticas de gestão pública. "O encontro também tem o papel de ajudar a disseminar e divulgar as boas práticas discutidas", disse.
A ENCP está sendo elaborada com base na escuta ativa de servidores públicos, fornecedores, órgãos de controle e sociedade civil, com oficinas presenciais nas cinco regiões do Brasil.