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Paraná registra investimento recorde

O Paraná alcançou o maior volume de investimentos liquidados de sua história no primeiro quadrimestre de 2025, de acordo com a Agência Estadual de Notícias (AEN) paranaense.

Entre janeiro e abril, o governo estadual executou R$ 655 milhões em ações como obras públicas, equipamentos, saúde, educação e segurança.

O valor representa aumento de 20% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram pagos R$ 546 milhões.

Os dados foram apresentados pela Secretaria da Fazenda estadual durante prestação de contas na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEPR).

Investimentos liquidados são aqueles que já passaram por etapas orçamentárias e foram efetivamente entregues à população. O montante atual é 188% superior ao executado em 2000, início da série histórica, e mais do que o dobro do registrado em 2019, primeiro ano da atual gestão.

Naquele período, o total foi de R$ 280 milhões.

A maior parte dos recursos foi destinada à infraestrutura.

Cerca de R$ 220 milhões foram aplicados em obras e construções de escolas, hospitais e rodovias. Um dos principais exemplos é a Ponte de Guaratuba, no litoral, que atingiu 55% de execução e tem entrega prevista para abril de 2026.

Além dos valores atuais, o governo quitou mais R$ 1 bilhão em despesas de 2024 que ainda estavam pendentes, conhecidas como restos a pagar.

O total liquidado no quadrimestre superou R$ 1,6 bilhão. Também foi o maior volume de pagamentos desse tipo em uma década: R$ 3,2 bilhões, oito vezes mais que os R$ 386 milhões registrados em 2015.

O bom desempenho foi atribuído à gestão dos recursos estaduais nos últimos anos.

Medidas de controle de gastos, como o decreto que limita o crescimento das despesas correntes a 80% da variação da receita líquida, ajudaram a gerar economia. Desde junho de 2024, essa ação resultou em R$ 908 milhões economizados, permitindo a ampliação dos investimentos.

A arrecadação também teve alta. A receita tributária cresceu 3,4% em termos reais na comparação com 2024, totalizando R$ 14,6 bilhões. Os principais tributos que puxaram o crescimento foram o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, com 4,2%, e o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação, com 6,7%.

O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores também teve alta de 1,1%, mesmo com a isenção para motos de até 170 cilindradas.

As receitas totais do estado, somando tributos, capital e repasses internos, subiram 3% em relação ao ano passado, indo de R$ 24,5 bilhões para R$ 26,6 bilhões. As despesas, por sua vez, cresceram em ritmo menor: 2,1%, encerrando o período em R$ 29,3 bilhões.