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Porto Alegre atento ao inverno

Com o aumento dos casos de doenças respiratórias típicas do inverno, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) iniciou a Operação Inverno 2025.

O plano amplia a capacidade de atendimento da rede pública entre os meses mais frios, com foco em leitos hospitalares, vacinação, atendimento em unidades de saúde e ações voltadas a públicos vulneráveis. Para reforçar o atendimento durante o período de maior demanda, foi autorizada nesta segunda-feira, 12, a contratação temporária de 136 profissionais de saúde.

Enchente e epidemias

O plano foi estruturado com base na experiência do inverno de 2024, marcado pela enchente e epidemias de dengue e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Entre as principais ações, destacam-se a abertura de unidades de saúde nos fins de semana e feriados, reforço na vacinação contra gripe e Covid-19 - mediante o envio de doses pelo Ministério da Saúde -, com iniciativas em domicílio, escolas e abrigos.

No atendimento hospitalar, a SMS prevê a expansão de 100 leitos extras, sendo 51 para enfermaria adulto (Hospital Vila Nova e Restinga), 10 para UTI pediátrica (Hospital Vila Nova), oito para enfermaria e emergência pediátrica (Hospital Materno Infantil Presidente Vargas) e 31 para enfermaria pediátrica (Hospital Restinga). Os leitos clínicos adulto do Hospital Vila Nova começarão a operar nesta quarta-feira, 15. Adicionalmente, será criada uma agenda específica para exames de raio-x de tórax, com um incremento de 4 mil exames por mês para agilizar o diagnóstico de doenças respiratórias.

O investimento para a Operação Inverno será de R$ 13,3 milhões, provenientes de recursos municipais e federais. "Apesar de apelos e esforços para envolver o Governo do Estado na manutenção integral da Operação Inverno, especialmente diante da crescente demanda por leitos clínicos, não tivemos apoio concreto", afirma o secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter.

Mais profissionais - Na contratação temporária de 136 profissionais de saúde, estão 81 técnicos em enfermagem, 23 enfermeiros, 14 auxiliares de farmácia, além de farmacêuticos, biomédico, fisioterapeutas, médicos emergencistas, técnicos em laboratório e um técnico em nutrição e dietética.

"Todas as medidas adotadas refletem o empenho da secretaria em proteger a população diante de um cenário crítico e desafiador", diz Ritter. "São ações excepcionais e temporárias para reforçar nossa capacidade de resposta frente ao aumento das doenças respiratórias e à sobrecarga nos serviços. Estamos mobilizando todos os recursos possíveis, apesar da crise financeira que assola os municípios da região metropolitana".