A Portos do Paraná destinou, em 2024, R$ 35 milhões a programas ambientais e sociais.
Segundo a própria instituição, o valor representa aumento de 18% em relação a 2023, que somou R$ 29,6 milhões. Desse total, cerca de R$ 20 milhões foram aplicados em iniciativas voltadas diretamente às comunidades do litoral paranaense.
Entre os principais programas está o de Recuperação de Áreas Degradadas, finalizado em junho. A ação restaurou 400 mil metros quadrados de vegetação nativa em Antonina. Foram plantadas quase 56 mil mudas de 121 espécies, entre elas cedro, ipê e árvores frutíferas, como juçara e araçá.
A iniciativa buscou aumentar a cobertura vegetal, melhorar a qualidade do solo e contribuir para o controle da erosão.
O projeto foi realizado em parceria com pequenos produtores da região. Além da restauração, a ação fortaleceu a renda de famílias locais e aumentou a disponibilidade de alimentos, reduzindo impactos no ecossistema e favorecendo a navegação na Baía de Paranaguá.
Outro foco do investimento foi o Programa de Educação Ambiental, com onze ações voltadas à sustentabilidade.
Mais de 230 atividades foram realizadas, com a participação de 1,3 mil pessoas. O programa também oferece capacitação, como a Oficina de Coleta e Despolpa de Juçara, voltada a moradores da Ilha do Amparo, em Paranaguá.
O curso ensina a extração do fruto da palmeira juçara sem causar a morte da planta, promovendo alternativas de renda e conservação ambiental.
Cerca de 80 moradores participaram da atividade, que estimulou práticas sustentáveis entre os participantes.
Ainda dentro do programa educacional, uma parceria com a Universidade Federal do Paraná permitiu instalar sistemas ecológicos de tratamento de esgoto em 60 residências da Ilha de Eufrasina.
Até o fim de 2024, 42 sistemas estavam em funcionamento. A iniciativa atende todas as casas da comunidade e recebeu reconhecimento nacional.
Outros projetos incluem o Selo Verde, que certifica estabelecimentos com boas práticas ambientais, e o Compostar para Cultivar, que promove o reaproveitamento de resíduos por meio da compostagem em escolas e comunidades isoladas.
Desde 2021, foram instaladas composteiras em três unidades escolares. A meta é expandir a ação para quatro novas localidades em 2025.
Há também o monitoramento da qualidade da água, sedimentos e espécies marinhas no estuário de Paranaguá.
Os estudos ocorrem a cada três meses desde 2014. Como medida compensatória por obras portuárias, foram construídos 13 trapiches em comunidades costeiras. Uma nova estrutura será iniciada em 2025, em Pontal do Sul.