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ES reforça prevenção no Dezembro Vermelho

No Espírito Santo, atualmente, 20.721 pessoas vivem com HIV/AIDS | Foto: Agência Brasil

O Espírito Santo inicia, na próxima segunda-feira (1º), as ações do Dia Mundial de Luta contra a Aids, que marca o começo do "Dezembro Vermelho", mês dedicado à mobilização nacional contra o HIV, a Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST). Ao longo de 2024, a Secretaria da Saúde (Sesa) intensificou estratégias de prevenção e ampliou a oferta de cuidados, com foco na promoção da saúde e na redução de vulnerabilidades.

Encontros e debate

A Coordenação Estadual de IST/Aids promoveu encontros que reforçam o diálogo e o protagonismo das pessoas que vivem com HIV, entre eles o Encontro Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids e reuniões com a Rede de Jovens que Vivem com HIV. Neste ano, a prevenção foi prioridade, com capacitações sobre a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). Parte dos municípios já oferta a PrEP na Atenção Básica, descentralizando o cuidado. "Queremos garantir acesso equitativo e integral em todo o Estado", afirmou a enfermeira Elaine Soares.

Criado pela OMS em 1988, o Dezembro Vermelho simboliza solidariedade e memória às vítimas da Aids. Segundo a Sesa, 20.721 pessoas vivem com HIV/Aids no Estado. De janeiro a outubro deste ano, foram 1.074 novas notificações, com predominância do público masculino. No mesmo período, 152 pessoas morreram em decorrência da doença. A PrEP já é utilizada por 4.575 capixabas, com atendimento disponível em 35 serviços.

Prevenção

A Sesa reforça a importância da "prevenção combinada", que inclui testagem, tratamento, preservativos e uso de PrEP e PEP. O diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento permitem manter carga viral indetectável e evitar a transmissão.

Durante dezembro, o ICEPi realizará formações para equipes da Atenção Primária sobre HIV, sífilis e HPV, com foco também na população em situação de rua. A estratégia envolve testagem rápida, educação em saúde, distribuição de insumos e articulação para garantir continuidade do cuidado, reduzindo desigualdades nessa questão e ampliando o acesso aos serviços.