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Ecóloga de SP está entre as mais influentes do mundo

Giselda Durigan é referência nos estudos sobre os efeitos do fogo | Foto: ASCOM SP

A ecóloga Giselda Durigan, pesquisadora do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) da Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, voltou a integrar o ranking internacional dos cientistas mais influentes do mundo.

O levantamento, elaborado pela plataforma Research.com em parceria com especialistas da Universidade de Stanford e da Editora Elsevier, reconhece pela quinta vez consecutiva o impacto de sua produção científica. Durigan soma 150 publicações e mais de 11 mil citações em revistas indexadas.

O ranking utiliza o D-index, indicador que considera apenas publicações e citações dentro da área de atuação do pesquisador. A metodologia cruza dados das bases OpenAlex e CrossRef, complementados por revisão manual que avalia aderência ao campo do estudo e prêmios obtidos ao longo da carreira. Na categoria Ecologia e Evolução, o Brasil aparece em 10º lugar entre 185 países, com 165 pesquisadores listados. Nesse universo, Durigan ocupa a 56ª posição nacional e a 3.508ª no recorte internacional. Entre os ecólogos brasileiros, está entre os 10 mais bem colocados e é a única mulher entre os 24 primeiros nomes. A presença recorrente de Durigan no ranking consolida sua atuação no estudo dos efeitos do fogo e da supressão do fogo no Cerrado, além de sua contribuição para a restauração de áreas naturais.

A pesquisadora destaca que o reconhecimento reflete a influência de seus trabalhos e o papel de dezenas de estudantes.

Formada em Engenharia Florestal pela Universidade de São Paulo, com mestrado na mesma instituição, doutorado na Universidade Estadual de Campinas e pós-doutorado no Royal Botanic Garden, na Escócia, Durigan iniciou sua trajetória no Instituto Florestal em 1984. Hoje segue no IPA, orienta alunos da Unesp e da Unicamp e integra o Comitê de Assessoramento de Ecologia e Limnologia.

Atualmente, lidera o projeto temático Biota Campos, financiado pela Fapesp, que amplia o conhecimento sobre a biodiversidade dos campos naturais de São Paulo e de estados vizinhos, oferecendo subsídios científicos para conservação e recuperação desses ambientes. Segundo o levantamento, suas áreas de produção mais frequentes incluem Ecologia, Vegetação e Riqueza de espécies.