Desde o início de 2023, a Cracolândia, localizada na região dos Campos Elíseos, em São Paulo, concentrava cerca de 2 mil pessoas em situação de dependência química, representando um desafio histórico para a gestão estadual. Em resposta, o Governo de São Paulo adotou um modelo de governança integrada voltado à redução do fluxo de usuários na área, combinando ações de saúde, assistência social e segurança pública.
A iniciativa, coordenada pelo vice-governador Felicio Ramuth, envolve 22 órgãos estaduais e municipais, por meio do Protocolo de Ações Integradas, e estabelece a Política Estadual sobre Drogas como estratégia permanente de enfrentamento. O modelo busca unir planejamento técnico, integração de dados e monitoramento contínuo de resultados.
Quatro instâncias formais foram criadas para acompanhar e avaliar as ações: o Comitê Técnico-Científico, que define indicadores e métricas de desempenho; o Núcleo Técnico da Política Estadual sobre Drogas, responsável pelo acompanhamento das ações em campo; o Núcleo e o Fórum de Acompanhamento de Casos, que monitoram o atendimento individualizado; e os Grupos de Trabalho de Segurança Pública, que realizam reuniões quinzenais com coordenação entre Estado e Prefeitura.
Além disso, a política prevê a participação da sociedade civil, com encontros regulares envolvendo Conselhos Comunitários de Segurança, comerciantes, moradores e entidades locais.
Entre as iniciativas estruturadas estão o Hub de Cuidados, o mapeamento individualizado de dependentes e ações estratégicas de inteligência policial e patrulhamento ostensivo. O governo afirma que essas medidas serão mantidas como política de Estado para prevenir o surgimento de novos fluxos de usuários na região.