A vereadora de Campinas, Mariana Conti (PSOL), que integra o grupo composto por 13 brasileiros que foram detidos por Israel na interceptação da flotilha Global Sumud, comparou a sua conduta no exterior com a de Eduardo Bolsonaro (PL). O post foi publicado na página oficial da parlamentar, depois que o vereador campineiro Nelson Hosrri (PSD) entrou com um pedido para que a Câmara de Campinas investigue a real natureza da viagem ao Oriente Médio.
Na publicação, Mariana sustenta que a missão é humanitária “para levar comida e remédios à Gaza”, enquanto que a de Bolsonaro é a de “destruir o Brasil”. Afirma ainda que está de licença não remunerada, enquanto que o filho do ex-presidente continua recebendo como deputado federal.
Mariana vem sendo criticada na internet por se ausentar da Câmara para defender interesses de cunho internacional. “Por que tu não vai cuidar da cidade que te elegeu vereadora?”, questionou um internauta na página da parlamentar.
No mesmo post, outra internauta perguntou: “Tá tudo bem aqui em Campinas???? Cidade segura???? Centro seguro???? Vai encontrar com o Hamas????”.
Em relação às críticas, a parlamentar postou: “se engana muito quem acha que essa luta não é do interesse de Campinas. O que está acontecendo na Palestina é um problema mundial; é uma faceta do racismo. Nossa cidade não está em uma redoma. Faz parte de um mundo que trata alguma pessoas como se fossem inferiores a outras, e, por isso, essa luta também é nossa”.
Deportados
Ainda de acordo com a parlamentar, ela chegará ao Brasil nesta quinta-feira (9), desembarcando às 10h40 no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Ela foi deportada para a Jordânia por volta das 6h da quarta (8), depois de ser solta da prisão de Ktzi'ot (centro de detenção israelense no deserto de Negev). Além Mariana, foram deportados de Israel mais 12 brasileiros - todos agora a caminho do Brasil.
Na segunda-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a condenar Israel, intitulando a situação de “absurda”.