A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (8) a criação de uma CPI para apurar a comercialização de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. O requerimento é de autoria da vereadora Zoe Martínez (PL). A CPI terá sete membros a serem indicados pelos líderes das bancadas.
Metanol é um álcool inflamável, tóxico, usado como solvente, combustível e matéria-prima na indústria para produzir adesivos, plásticos e outros produtos químicos. Sua toxicidade o torna um risco grave para a saúde humana, causando intoxicações fatais, cegueira e falência de órgãos, especialmente quando presente em bebidas alcoólicas adulteradas.
A possível adulteração de bebidas tem mobilizado autoridades, que investigam os casos recentes de intoxicação.
O Correio da Manhã já havia publicado que antídotos estão sendo distribuídos aos estados.
Metanol: antídoto contra intoxicação em 9 estados
A segunda remessa de etanol farmacêutico, antídoto utilizado no tratamento de intoxicações por metanol, começou a ser enviada nesta terça-feira (7) a mais quatro estados. Com essa nova entrega, o total de frascos distribuídos pelo Ministério da Saúde chega a 1.125, alcançando nove estados: Acre: 30 ampolas; Bahia: 90 ampolas; Ceará: 120 ampolas; Distrito Federal: 90 ampolas; Goiás: 75 ampolas; Mato Grosso do Sul: 60 ampolas; Pernambuco: 240 ampolas; Paraná: 360 ampolas; Rio de Janeiro: 60 ampolas.
As ampolas integram o estoque estruturado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) Outras 60 mil ampolas de etanol estão em processo de aquisição.
O Ministério da Saúde também adquiriu 2,5 mil unidades do antídoto fomepizol de uma empresa japonesa.