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ES: Cachoeira da Fumaça ganha plano de manjeo

O Parque Estadual Cachoeira da Fumaça, localizado entre os municípios de Alegre e Ibitirama, passou a contar com um plano de manejo atualizado que estabelece o zoneamento, as normas e as estratégias para orientar o uso e a conservação da unidade e de sua zona de amortecimento. A portaria conjunta entre a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos foi publicada no Diário Oficial do Estado, no dia 24 de julho último e terá vigência de dez anos.

O Plano de Manejo foi desenvolvido ao longo de 23 meses, entre 2023 e 2025, com apoio técnico da empresa Greentec - consultoria contratada para elaborar o plano de manejo. Assim, o material é dividido em três volumes: Diagnóstico Socioambiental; Zoneamento Ambiental; e Planejamento.

O primeiro volume reúne informações sobre aspectos físicos, bióticos e socioeconômicos da área e de sua zona de amortecimento, compiladas a partir de dados secundários, reconhecimento de campo e produção de mapas temáticos.

O segundo, dedicado ao zoneamento ambiental definiu cinco zonas dentro do parque:

1 - Zona de Preservação: áreas com ecossistemas mais preservados, sem permitir usos diretos ou indiretos;

2 - Zona de Conservação: ambientes de relevante interesse ecológico, permitindo visitação de baixo impacto;

3 - Zona de Infraestrutura: áreas de maior intervenção humana, incluindo a sede administrativa e trilhas abertas ao público;

4 - Zona de Diferentes Interesses Públicos: locais ocupados por empreendimentos de interesse social ou utilidade pública, como rodovias e redes elétricas;

5 - Zona de Adequação Ambiental: áreas alteradas no passado, onde serão concentrados esforços de recuperação e controle de espécies exóticas.

Além disso, o documento reafirma os limites da Zona de Amortecimento do PECF, que abrange 3.418 hectares e desempenha papel importante na conectividade e proteção de áreas naturais adjacentes.

O terceiro e último volume traz o Plano de Ação, que definiu quatro alvos de conservação: a Cachoeira da Fumaça; o Rio Braço Norte Direito e Córrego Graminha; fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual; e a fauna silvestre. A partir desses alvos, foram elaboradas oito estratégias, desdobradas em 86 ações, com horizonte de execução de dez anos.