Um novo estudo sobre a realidade da cadeia produtiva da cachaça em Minas servirá de base para o aperfeiçoamento de políticas públicas e ações para o setor.
A Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) começou a coletar dados junto a produtores para a construção do segundo "Diagnóstico do Perfil dos Empreendimentos de Cachaça de Alambique de Minas Gerais", que será lançado em 2026.
O início da coleta de informações foi anunciado na semana passada pelo secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Thales Fernandes, durante a abertura da 34ª Expocachaça.
"O setor de produção de cachaça tem hoje em torno de 87% de informalidade. Com o estudo, podemos conhecer os gargalos e trazer esses produtores para formalizar os seus alambiques junto à Secretaria da Agricultura e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA)", destacou Thales Fernandes.
Relevância
A primeira edição do Diagnóstico, lançada em 2024, revelou números que reforçam a relevância socioeconômica da cachaça mineira.
Segundo o estudo, 79,2% dos empreendimentos contratam mão de obra, evidenciando a importância do setor para a geração de emprego e renda. O trabalho mostrou, ainda, que a produção é realizada predominantemente pelos pequenos produtores, sendo que 93% das propriedades possuem menos de 20 hectares.
Eles controlam todo o processo, desde o plantio da cana-de-açúcar (feito por 82% deles) até o envasamento e a comercialização.
"O estudo colhe dados relativos à produção, agroindústria da cachaça, comercialização, tributação, mão-de-obra e plantio de cana. É bem completo para conseguirmos entender a cadeia como um todo e formar um banco de dados para o investimento em políticas públicas que conversem com a realidade", destacou a diretora de Comercialização e Mercados da Seapa, Sandra Regina Carvalho dos Santos.
A Expocachaça conta com a parceria da Seapa, que mantém no evento um estande onde visitantes podem obter informações sobre projetos e ações.