O Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) autorizou, na terça-feira (22), a prisão preventiva do rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam.
A decisão inclui acusações de tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal.
Os crimes teriam ocorrido na noite de segunda-feira (21), na porta da casa do rapper, localizada no bairro do Joá, zona oeste do Rio.
De acordo com a Polícia Civil, Oruam e um grupo de amigos tentaram impedir agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) de cumprir um mandado de apreensão contra um adolescente apontado como um dos maiores ladrões de carros do estado e segurança de Edgar Alves de Andrade, o Doca, chefe do Comando Vermelho (CV) no Conjunto de Favelas da região da Penha.
Confronto com policiais
Segundo os agentes, o grupo hostilizou a equipe com xingamentos e jogou pedras na viatura descaracterizada. Nas redes sociais, Oruam divulgou vídeos da ação e dos ataques aos policiais.
Durante a confusão, um dos suspeitos correu para dentro da residência, o que levou os agentes a entrarem no imóvel. Ele foi preso em flagrante.
Oruam e os demais envolvidos fugiram do local. Em publicações nas redes sociais, o rapper alegou que os policiais tentavam prendê-lo também e questionou a legalidade da operação.
Ainda desafiou as autoridades: "Quero ver vocês virem aqui, me pegar dentro do Complexo", escreveu, sugerindo que estaria no Complexo da Penha.
Decisão judicial
Na decisão, o juiz afirmou que a prisão preventiva, e não a temporária, era a medida mais adequada, como solicitado pelo Ministério Público.
A justificativa se baseou no Código de Processo Penal, citando a necessidade de garantir a ordem pública e assegurar a aplicação da lei penal. A prisão deve ser reavaliada a cada 90 dias.
O processo tramita sob o número 0073732-35.2025.8.19.0001. Oruam é filho de Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, um dos principais líderes históricos do CV, atualmente preso.