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Milhares participam da Parada LGBTQI na Paulista

A edição deste ano da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, realizada no domingo (22), teve como tema o envelhecimento da população da comunidade. A concentração ocorreu na avenida Paulista, com trajeto pela rua da Consolação, no centro da capital.

O evento contou com 17 trios elétricos, que desfilaram pelas vias ao longo da tarde. A abertura oficial ocorreu por volta do meio-dia, após discursos de autoridades e representantes de movimentos sociais.

Participantes cantaram o hino nacional antes do início dos desfiles. Um dos trios contou com a presença do ator Marco Nanini, que ficou em destaque na abertura da caminhada. O público utilizou leques com as cores do arco-íris, símbolo tradicional do evento.

Neste ano, um acessório adicional chamou atenção: o gelo com brilho, usado para refrescar bebidas. Pessoas com mais de 60 anos tiveram visibilidade especial, com espaços reservados nos carros de som e destaques em fantasias e itens.

Histórias de superação marcaram o evento, com relatos de pessoas que enfrentaram o preconceito durante a juventude e que, agora, buscam envelhecer com dignidade. Muitos relataram experiências de exclusão familiar e social.

Entre os presentes, estavam pessoas que reforçaram a importância de políticas públicas voltadas à velhice dentro da comunidade LGBT . A necessidade de atenção ao etarismo e às dificuldades enfrentadas por idosos da sigla foi um dos principais pontos de discussão.

A concentração de público foi estimada pelo Monitor do Debate Político, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), com base em imagens aéreas captadas por drone. Às 13h58, horário de pico, o cálculo indicou 48,7 mil participantes. Em comparação com 2024, o número representou uma redução de 33,8%. O levantamento usou o método Point to Point Network (P2PNet), desenvolvido na China e validado no Brasil com apoio da Universidade de São Paulo.

O sistema identificou e contou indivíduos por meio de inteligência artificial aplicada a fotos aéreas. O índice de precisão informado é de 72,9%, com margem de erro de 12%.

Anna Virginia Balloussier/Folhapress