As internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no estado do Rio de Janeiro apresentam sinal de desaceleração, mas os números seguem elevados. Desde o início do ano, já foram registradas 676 mortes e 9.140 internações causadas pela doença, com maior incidência entre crianças de até 9 anos e pessoas com mais de 70.
De acordo com o panorama semanal do Centro de Inteligência em Saúde (CIS-RJ), o cenário atual reforça a importância da vacinação e da adoção de medidas preventivas para conter a disseminação dos vírus respiratórios.
O que diz os dados
Além disso, os dados mostram que, apesar da redução nas internações, a pressão sobre os serviços de saúde permanece significativa, principalmente nos meses mais frios, quando há maior circulação viral.
"A vacina da gripe protege contra os principais vírus em circulação e é fundamental para evitar formas graves da doença. Precisamos avançar na cobertura vacinal e manter os cuidados básicos, como o uso de máscara em caso de sintomas e a higiene das mãos", afirmou a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.
Segundo a Secretaria de Saúde, desde abril houve aumento da circulação do vírus Influenza A (H1N1), especialmente entre idosos e gestantes. Já o vírus sincicial respiratório (VSR), mais comum entre crianças, começa a apresentar sinais de queda nas últimas semanas, o que indica possível mudança no perfil de contaminação.
Imunização avança lentamente
A campanha de vacinação contra a gripe no estado segue até janeiro de 2026.
A meta é vacinar 4,6 milhões de pessoas dos grupos prioritários. Até agora, apenas 22,97% desse público foi imunizado. No total, foram aplicadas 2.146.734 doses, sendo 1.066.950 destinadas ao público prioritário.
A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de, no mínimo, 90% de cobertura vacinal. Especialistas alertam que, sem esse alcance, os riscos de surtos e agravamentos continuam altos, principalmente entre os mais vulneráveis.