A Polícia Militar de São Paulo firmou uma parceria com o Google para reforçar o combate a roubos e furtos de celulares.
O anúncio foi feito na terça-feira (10) durante o evento Google for Brasil, dedicado a desenvolvedores na capital.
"A segurança pública em São Paulo está avançando com tecnologia, integração e respeito ao cidadão. Essa parceria da PM com o Google é mais uma ferramenta importante para coibir o crime e proteger a população", afirmou o governador Tarcísio de Freitas.A iniciativa integra uma nova funcionalidade aos Terminais Portáteis de Dados (TPDs) usados pelos policiais.
Através do Google Localizador, será possível, a pedido da vítima, bloquear o aparelho remotamente, acionar toque para localização, rastrear em tempo real ou, em último caso, apagar todos os dados — ações que devem ser documentadas pelo agente.
O recurso será disponibilizado para dispositivos Android (mais de 80% do mercado) e já inicia o período de treinamento dos policiais esta semana.
Além disso, o Google revelou melhorias no "modo ladrão" — mecanismo que agora inclui proteção contra redefinição de fábrica e exige verificação de identidade, já habilitadas em dispositivos mais novos — e será ativado por padrão até o fim de 2025.
A Diretoria de Tecnologia da Informação e Comunicação da PM ressalta que o uso dessa ferramenta é apenas um apoio imediato e não substitui o registro do boletim de ocorrência informando o IMEI do aparelho, nem dispensa a investigação policial. O combate ao furto e roubo de celulares tem apresentado resultados positivos. No início de 2025, foi registrado um furto ou roubo a cada três minutos, totalizando 29.169 boletins entre janeiro e fevereiro.
O número representa leve queda em relação ao mesmo período de 2024. Apenas de janeiro a abril, 24,7 mil celulares foram roubados — 12,9% a menos do que no ano anterior. Em 2024, houve queda de 15,9% nos roubos e furtos de celulares (de cerca de 295 mil para 248 mil ocorrências), com a capital apresentando 133.879 casos — queda de 25,7% em relação a 2023. A média diária foi de 502 aparelhos subtraídos em 2024, o que marca uma redução próxima a 7% comparada ao ano anterior .