De 21 a 25 de maio, o Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, recebe a 19ª edição do Salão do Artesanato. Após 15 edições em Brasília e 3 na capital paulista, o evento volta à cidade em 2025 reunindo artesãos de todos os estados e do Distrito Federal. Além de compras e negócios, o convite é para uma imersão no universo do artesanato brasileiro, com mais de 100 mil peças moldadas, trançadas, costuradas, entalhadas e esculpidas com talento genuíno.
Com entrada franca, o Salão é um programa para toda a família e oferece exposição e venda de peças artesanais, apresentações musicais diárias, performances, desfiles como o da nova coleção do estilista Maurício Duarte, praça de alimentação e áreas de descanso.
De acordo com os organizadores, a expectativa é atrair mais de 60 mil visitantes e superar os R$22 milhões movimentados em 2024, entre vendas diretas e negócios futuros. O evento tem apoio do Programa do Artesanato Brasileiro - PAB/Ministério do Empreendedorismo, da Micro e Pequena Empresa/Governo Federal e do Sebrae, parceiros desde a primeira edição.
"Atuamos para consolidar o Salão do Artesanato no calendário de eventos de São Paulo, com o objetivo de torná-lo anual na maior cidade do país. A recepção foi maravilhosa nas edições anteriores e, em 2025, queremos fazer história com o melhor do artesanato produzido em todos os cantos do Brasil", afirma Rômulo Mendonça, diretor-geral da Rome Eventos, à frente da realização.
O tema de 2025 será "A arte que vem da fibra", homenageando a diversidade e força do artesanato brasileiro. A ampla representatividade do artesanato brasileiro no evento é possível graças à parceria com o Programa do Artesanato Brasileiro - PAB/MEMP e com o Sebrae. Para o Ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte do Brasil Ministro, Márcio França, "o Salão do Artesanato é mais do que uma feira; é uma celebração da criatividade e da diversidade cultural do nosso país. Cada peça exposta reflete a história de um povo e o talento de nossos artesãos. Eventos como este reforçam nosso compromisso em valorizar e promover o artesanato brasileiro, seguindo a orientação do presidente Lula de fortalecer a cultura popular e gerar oportunidades para quem vive do artesanato".
Não se trata apenas da presença de artesãos de todo o país. A curadoria atuou no sentido de apresentar em São Paulo trabalhos e artesãos que revelem a produção mais característica de todas as localidades, refletindo a identidade e a história de suas comunidades. Para abrigar tanta riqueza, a ala do PAB ocupa todo 1º piso e parte do 2º andar da Bienal e destina estandes a todas as unidades da federação. O programa ainda disponibiliza estandes para a Confederação Brasileira de Artesãos (Conart) e a Confederação Nacional do Artesãos do Brasil (Cnarts), fundamentais para a organização do segmento e difusão do artesanato.
Em uma abordagem inovadora, o Sebrae Nacional selecionou para o evento artesãos premiados das cinco edições do Prêmio Sebrae TOP 100 de Artesanato. Os participantes — pequenas e microempresas, cooperativas, associações e microempreendedores individuais — foram considerados a partir de critérios como qualidade estética, inovação e experiência comercial.
O Sebrae Espírito Santo e a Secretaria da Retomada de Goiás também aproveitam a oportunidade de levar o artesanato de suas regiões para a maior vitrine do país. Mesmo com os estados presentes na ala do PAB, investiram em espaços próprios para levarem mais artesãos e peças para o Salão. Há, ainda, estandes reservados a expositores independentes de todo o Brasil.
A arte que pulsa no Salão
A programação cultural do Salão do Artesanato 2025 celebra a diversidade brasileira ao unir tradição e inovação, reverenciando a diversidade da produção artística brasileira. Na música, o grupo Canto da Mata traz a força do Boi-Bumbá de Parintins; o Forró Maria Lua reverbera os ritmos do Nordeste com identidade e alegria; Rodrigo Zanc e Murilo Romano revisitam o cancioneiro caipira em tom intimista; e a Banda Canaviera celebra clássicos, traz releituras da Tropicália e novos sons da música nacional. Já o espetáculo "Luz e Movimento", do projeto Triskle, com Gustavo Ollitta e Bárbara Francesquine, mistura arte circense e tecnologia, hipnotizando o público com um balé de luzes e formas.
Na interseção entre moda, artesanato e memória, o evento reforça seu compromisso com a originalidade. Reconhecido no Brasil e no exterior pela maestria com que traz para contemporaneidade a ancestralidade indígena, Maurício Duarte, estilista amazonense, oriundo do povo Kaixana, apresenta sua coleção "Muiraquitã", fruto de um trabalho coletivo, realizado por muitas mãos talentosas de Manaus, São Gabriel da Cachoeira, Tefé, São Paulo e Minas Gerais, refletindo a essência colaborativa e inclusiva que permeia a marca.