A cidade de Mauá, no ABC Paulista, registrou seu primeiro caso confirmado de intoxicação por metanol após um homem de 47 anos ser internado com sintomas graves após consumir um licor adulterado. O caso, identificado pela Secretaria de Saúde do município, acendeu um sinal de alerta para o risco de bebidas clandestinas comercializadas sem controle sanitário.
Segundo informações da Vigilância Sanitária, o homem ingeriu o licor entre os dias 21 e 22 de novembro e, pouco depois, começou a apresentar sinais compatíveis com envenenamento por metanol, como dor de cabeça intensa, visão turva, confusão mental e indisposição generalizada. Ele procurou atendimento médico, onde exames laboratoriais confirmaram a presença da substância no organismo.
O metanol — álcool altamente tóxico usado na indústria química — pode causar cegueira e até levar à morte mesmo em pequenas quantidades. A ingestão acontece, na maior parte das vezes, quando bebidas são adulteradas para reduzir custos de produção.
Após a confirmação, equipes da Vigilância Sanitária localizaram o lote do licor consumido pela vítima e interditaram sua distribuição e venda. O órgão também iniciou uma investigação para mapear a origem da bebida e identificar possíveis pontos de comércio clandestino no município.
A Prefeitura de Mauá reforçou que o caso é o primeiro registro oficial na cidade envolvendo intoxicação por metanol relacionada a bebida alcoólica adulterada. Autoridades de saúde recomendam que a população evite produtos de procedência desconhecida, sobretudo licores, destilados e outras bebidas vendidas sem rotulagem adequada ou sem registro no Ministério da Agricultura.
A equipe médica segue acompanhando o estado de saúde do paciente, que permanece em tratamento. Até o momento, não há registro de outros casos semelhantes na região, mas a investigação segue em andamento para garantir que outros lotes suspeitos sejam localizados e retirados de circulação.
A administração municipal informou ainda que denúncias sobre bebidas clandestinas podem ser feitas de forma anônima, reforçando a importância da participação da população para evitar novos episódios de intoxicação.