O Ciesp Regional Campinas apresentou, nesta terça-feira (02), a Sondagem Industrial de fim de ano, reunindo percepções de suas empresas associadas sobre o desempenho atual e as projeções para 2026. O levantamento mostra que apenas 9% das indústrias esperam melhora nas atividades no próximo ano, enquanto 25% acreditam que tudo permanecerá igual. Já 33% preveem piora e outros 33% não souberam avaliar.
Clima Econômico
Quando questionadas sobre o comportamento da economia brasileira em 2026, comparado a 2025, a visão é predominantemente pessimista: 58% afirmaram que será pior, 17% acreditam que ficará igual e 25% não apresentaram projeção. Nenhuma empresa apontou expectativa de melhora.
Quanto ao desempenho recente, metade das indústrias registrou estabilidade na produção em relação a outubro, enquanto 75% mantiveram o mesmo número de funcionários. O faturamento teve queda para 33% das empresas, ficou estável para 25% e subiu para 42%.
A capacidade instalada segue elevada: para 84% das associadas, ela operou entre 70,1% e 100%. Sobre investimentos nos próximos 12 meses, 42% não devem ampliar a capacidade produtiva, 33% pretendem atualizar máquinas e 25% projetam aumentar o seu parque fabril.
O vice-diretor do Ciesp-Campinas, Valmir Caldan, apresentou os números da Balança Comercial Regional. Em outubro de 2025, as exportações somaram US$ 354,9 milhões, alta de 9,18% frente ao mesmo mês de 2024. Entre janeiro e outubro, o acumulado chegou a US$ 3,010 bilhões, representando avanço de 3,14%.
As importações também cresceram: foram US$ 1,288 bilhão em outubro, aumento de 6,58% em relação ao ano anterior. O acumulado de 2025 alcançou US$ 12,247 bilhões, 17,52% acima do período anterior. O déficit comercial do mês atingiu US$ 933,7 milhões, enquanto o acumulado do ano chegou a US$ 9,237 bilhões — incremento de 23,11%.
A corrente de comércio regional somou US$ 1,643 bilhão em outubro, alta de 7,13%. No acumulado do ano, atingiu US$ 15,257 bilhões, crescendo 14,37%.
Panorama Regional
Na análise por municípios, Campinas segue liderando as exportações do Ciesp, respondendo por quase um terço do que foi enviado ao exterior em outubro. Paulínia aparece na sequência, seguida por Sumaré e Mogi Guaçu.
No movimento de importações, Paulínia assume a dianteira, impulsionada pelo setor químico e energético. Campinas ocupa a segunda posição, enquanto Hortolândia, Sumaré e Jaguariúna compõem o bloco intermediário de maior atividade.
Os principais destinos internacionais da indústria regional continuam estáveis: Estados Unidos, Argentina e Holanda formam o trio que mais recebe produtos da região. Já do lado das importações, a China mantém ampla liderança, seguida pelos Estados Unidos e pela Índia.
