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S. Bárbara d'Oeste investirá R$ 11,5 mi em merendas

O recurso ampliará a qualidade dos alimentos para mais de 16 mil estudantes da região | Foto: Divulgação/ Prefeitura de Santa Bárbara D'Oeste

A Rede Municipal de Ensino de Santa Bárbara d'Oeste investirá R$ 11,5 milhões na alimentação escolar neste ano, reforçando a oferta de refeições mais nutritivas, frescas e alinhadas às diretrizes de saúde. O recurso amplia a qualidade dos alimentos servidos a mais de 16 mil estudantes, moderniza rotinas de preparo e fortalece ações de educação nutricional nas unidades.

Cardápio saudável

Conhecida tradicionalmente como merenda escolar, a alimentação oferecida a crianças, jovens, adultos e idosos é um momento aguardado pelos alunos. Com planejamento das nutricionistas e preparo cuidadoso das cozinheiras, a merenda contribui para a saúde, formação de hábitos alimentares e disposição para as atividades diárias.

Os investimento serão em alimentos que priorizam a chamada "comida de verdade": frutas servidas ao menos quatro vezes por semana, hortaliças e legumes — sendo 30% da agricultura familiar —, suco 100% integral e mínimo uso de processados. Crianças de 0 a 3 anos recebem cardápios totalmente sem açúcar.

O planejamento nutricional é feito pelo Setor de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação. "Elaboramos o cardápio seguindo as resoluções e pensando no futuro das crianças. Ajustamos o preparo conforme a idade, inclusive para bebês que ainda não têm dentinhos", explicou a nutricionista Juliene Francischini Pereira do Carmo. Cardápios especiais são produzidos para alunos com restrições alimentares, e famílias são atendidas para esclarecimentos.

Cuidado diário

Nos refeitórios, educadoras estimulam a boa alimentação de forma lúdica. Na Emei "Vera Lúcia", bebês em introdução alimentar recebem refeições mais pastosas, enquanto crianças maiores são incentivadas a usar talheres e experimentar todos os alimentos. Estratégias como a "brincadeira da beterraba" despertam curiosidade ao mostrar que o alimento pode alterar a cor da urina, tornando o aprendizado divertido.

Na cozinha, as profissionais seguem normas de preparo, armazenamento e higiene. "Falta um ano para eu completar 40 anos na rede. Já estou aposentada e continuo aqui porque amo cozinhar para essas crianças. Faço tudo com carinho, e elas comem até!", contou Maria Aparecida da Costa Silva, cozinheira da mesma unidade. Todas as escolas guardam amostras dos alimentos por 72 horas como medida de segurança sanitária.

O Conselho de Alimentação Escolar acompanha todo o processo, realizando visitas semestrais para avaliar a qualidade dos produtos, condições de armazenamento, preparo, distribuição e prestação de contas. A atuação é essencial para manter o repasse federal destinado à alimentação.

O Projeto Horta Escolar, presente em várias unidades, estimula o contato das crianças com o cultivo de alimentos. Os estudantes plantam, colhem, aprendem receitas e experimentam os ingredientes que produziram, fortalecendo hábitos saudáveis e consciência ambiental.