A Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo apresentou, na Câmara Municipal, o Diagnóstico da Cobertura Florestal Urbana e Microclima e o Plano de Arborização Urbana de São José do Rio Preto. O estudo, elaborado pelo GETMA/Esalq-USP entre 2024 e 2025, indica que 16,67% do solo urbano é coberto por copas de árvores.
A meta é chegar a 33 mil novas árvores até 2026 e 128 mil até 2035, priorizando áreas mais quentes do setor Norte e parte do Leste.
O diagnóstico mostra que a arborização pode reduzir até 58% dos gastos de infraestrutura e gerar economia anual de R$ 6 milhões. Uma árvore adulta equivale ao resfriamento de quatro aparelhos de ar-condicionado ligados por 20 horas.
"Implantar florestas urbanas é investir na saúde, no conforto e no futuro sustentável da cidade. Uma Rio Preto mais verde é também uma cidade mais inteligente e resiliente", concluiu o secretário Paulo Pagotto Júnior.
Desafios e soluções
Apesar dos avanços apontados pelo estudo, Rio Preto ainda enfrenta desafios urbanos. Redes elétricas baixas, calçadas estreitas, garagens e guias rebaixadas limitam o plantio de espécies de maior porte, o que exige planejamento criterioso para evitar conflitos futuros.
Outro ponto é a ampliação da diversidade vegetal. Em 2019, havia 3.134 árvores de 96 espécies, com grande predominância do oiti, que representava 62% do total. Desde então, a variedade aumentou 49% graças ao manejo e à expansão dos viveiros municipais.
Planejamento até 2035
O plano prevê fases de diagnóstico, planejamento, plantio, expansão e monitoramento contínuo, com inventário digital e banco de sementes certificadas. O objetivo é transformar ruas em corredores verdes que ampliem sombra, conforto térmico e resiliência urbana.
O documento ficará disponível para consulta pública e deverá orientar ações e projetos de arborização a partir de 2026.