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Como saber se caneta emagrecedora é falsa

A recente onda de falsificação do medicamento injetável à base de tirzepatida, conhecido popularmente como "caneta emagrecedora" (Mounjaro), representa um risco fatal, equiparável a outras tragédias envolvendo produtos adulterados, como o de bebidas falsificadas com metanol, por exemplo, apontam especialistas.

"O cidadão deve adotar hábitos permanentes de cautela e fiscalização, como adquirir medicamentos apenas em farmácias regulamentadas, desconfiar sempre de preços extremamente baixos, anúncios e ofertas em redes sociais e sempre exigir a nota fiscal, além de verificar se na embalagem constam selos de segurança e registro na Anvisa e denunciar todo e qualquer canal de venda suspeito às autoridades - vigilância sanitária e defesa do consumidor", afirma a advogada Clara Toledo Corrêa, vice-presidente de Propriedade Intelectual da AN Startups Brasil- Associação Nacional de Startups.

Pirataria

A produção irregular da "caneta emagrecedora", além de ser um crime contra a saúde pública, configura violação de propriedade industrial, uma vez que a patente da molécula é exclusiva da empresa Eli Lilly no Brasil até o início de 2026.

A violação das patentes e a produção clandestina — frequentemente vendida em redes sociais e clínicas irregulares sem seguir as rígidas normas da Anvisa sobre pureza, dosagem e esterilidade — expõem o consumidor a riscos graves, que vão da ineficácia a intoxicações severas e danos a órgãos, aponta a especialista.