Ofícios ao Ministério das Relações Exteriores e ao Embaixador da Ucrânia no Brasil foram enviados pela Prefeitura de Campinas (SP) solicitando apoio para o trâmite de repatriação do corpo do campineiro Daniel Lucas de Campos, morto na guerra da Ucrânia, no dia 21 de novembro. O pedido foi feito após a família da vítima pedir ajuda do município.
Os documentos assinados pelo prefeito Dário Saadi (Republicanos-SP) apelam para que os órgãos auxiliem no processo para que o corpo seja trazido de volta ao Brasil.
Segundo relato familiar, Daniel ingressou voluntariamente em programa internacional de apoio militar, passando por processo seletivo no Brasil e partindo para a Ucrânia em agosto deste ano.
Ainda conforme familiares, após período de treinamento e transferência para a nova equipe, foi designado para missão de campo quando, em decorrência de ataque com drone a instalações energéticas, acabou morrendo.
Ao embaixador da Ucrânia no Brasil foi solicitado ainda que haja ajuda para facilitar a interlocução com as autoridades ucranianas competentes, acompanhamento do processo de liberação, documentação e traslado do corpo e orientação à família e ao município sobre eventuais procedimentos adicionais.
A Guerra
É um conflito em larga escala entre a Rússia (liderada por Vladimir Putin) e a Ucrânia (por Volodymyr Zelensky). A ofensiva militar, com ataques aéreos e terrestres por parte da Rússia à Ucrânia, começou em fevereiro de 2022 porque Moscou se opôs à entrada da Ucrânia na Otan. Desde então, Putin voltou a contestar a soberania de territórios ucranianos.
O conflito evoluiu para uma guerra de atrito concentrada nas linhas de frente de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia, regiões que o Kremlin declarou ter anexado em setembro de 2022.
A guerra já resultou em milhões de refugiados, além de crise humanitária e econômica global.
Para dar fim ao conflito, Putin, apoiado por Trump, quer que a Ucrânia seda parte do território, mas Zelensky apresenta resistência.