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Além de cortes, a oposição se preocupa com as verbas ínfimas

O vereador Wagner Romão (PT-SP) classifica como "muito estranha" a maneira como os temas ambientais estão organizados pela prefeitura, referindo-se ao fato da secretaria que corta árvores (Serviços Públicos) ter verba superior à que defende o verde (Secretaria do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade). 

Segundo o parlamentar, a gestão de resíduos sólidos, que também é atribuída à Secretaria de Serviços Públicos, deveria ser imediatamente transferida à secretaria ambiental. "É muito ruim que a gente tenha uma secretaria importante como essa, que tem técnicos competentes, com tão pouco recurso num momento de emergência climática," declarou. 

Serviços Públicos é a terceira pasta com o maior orçamento em Campinas, atrás apenas de Educação e de Saúde.

Para a Secretaria do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade (Seclimas), foram aprovados R$ 33.613 milhões em 2025 e propostos R$ 36.800 milhões, aumento nominal de R$ 3.186 milhões. 

Yabiku (Republicanos) sustenta, entretanto, que as reduções "são necessárias para financiar os grandes investimentos estruturantes que Campinas precisa. Não é um orçamento que recua; é um orçamento estrategicamente redirecionado para onde gera mais valor para a população". Ainda de acordo com o parlamentar, "o governo tem mostrado responsabilidade fiscal ao reduzir encargos extraordinários e otimizar despesas administrativas, justamente para liberar recursos e investir em educação, saúde, infraestrutura e saneamento — pilares do desenvolvimento municipal".

Saúde e Educação 

Os maiores montante do orçamento são: Educação, com R$ 2,64 bilhões, e Saúde, com R$ 2,36 bilhões, totalizando R$ 4,6 bilhões. As pastas contam com índices mínimos previstos por lei, que são 25% do orçamento para Educação (Art. 212 da Constituição Federal) e 15% para Saúde (Art. 77 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT, regulamentado pela Lei Complementar n.º 141/2012).

Segundo informações do secretário de Finanças, Aurílio Sérgio Costa Caiado, apresentadas na terça-feira (4) em audiência na Câmara, o orçamento da Saúde prevê a construção e ampliação de nove unidades de atenção básica, a criação de três unidades de especialidades e a reforma da unidade administrativa da pasta.Já para Educação, a construção de uma escola de tempo integral e reformas em centros de educação infantil.