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Aparelho é interditado no Ouro Verde

A Vigilância Sanitária de Campinas interditou nesta quarta-feira (15) um equipamento de osmose reversa do Hospital Municipal Ouro Verde, que purifica a água utilizada no enxágue de materiais críticos para cirurgias com implantes. A medida, publicada no Diário Oficial do Município, aponta que o sistema estava em funcionamento "sem atender aos padrões de identidade, qualidade e segurança" exigidos para esse tipo de equipamento.

A osmose reversa é um processo que utiliza membranas semipermeáveis e pressão hidráulica para remover sais, partículas, microrganismos e endotoxinas da água, garantindo baixa condutividade e segurança no uso hospitalar. O equipamento interditado no Ouro Verde não estava operando conforme os padrões necessários para garantir a segurança dos procedimentos cirúrgicos.

Em nota, a Rede Mário Gatti, responsável pela gestão do hospital, informou que nenhum procedimento cirúrgico foi afetado pela interdição. Desde a identificação do problema na segunda-feira (13), a esterilização dos materiais passou a ser realizada no Hospital Mário Gatti, unidade da mesma rede.

A Prefeitura de Campinas, responsável pela unidade, tem o prazo de 10 dias para recorrer da decisão e informa que as adequações necessárias já estão em andamento.

Riscos à saúde

A osmose reversa (OR) é um sistema amplamente usado para purificar água, desde residências até hospitais e indústrias, mas, se mal operado ou mantido, pode apresentar riscos à saúde e à segurança.

O processo utiliza membranas semipermeáveis e pressão hidráulica para reter sais, partículas, microrganismos e endotoxinas, garantindo água de alta pureza. Porém, falhas podem ocorrer. Um dos principais riscos é a contaminação microbiológica: bactérias, fungos e biofilmes podem se acumular nas membranas, comprometendo a qualidade da água, especialmente em ambientes hospitalares.