Os reservatórios de água do município de Americana, na Região Metropolitana de Campinas (RMC), amanheceram na quinta-feira (9) com cerca de 18 milhões de litros armazenados, o equivalente a 50% da capacidade ideal. Segundo o Departamento de Água e Esgoto (DAE), a atual situação mantém o abastecimento intermitente em todas as regiões do município.
De acordo com a autarquia, as chuvas recentes na cidade paulista ainda foram insuficientes para melhorar a qualidade da água do Rio Piracicaba, principal manancial que abastece o município. Para que o sistema se recupere, seriam necessárias chuvas mais intensas e prolongadas na cabeceira do rio, na região de Camanducaia (MG).
O DAE também aponta que a queda nas temperaturas pode contribuir para uma leve redução no consumo, ajudando a aliviar o sistema.
Medidas excepcionais
No fim de setembro, a Prefeitura decretou estado de emergência hídrica, o que permite medidas excepcionais, como o reforço no combate a vazamentos, a contratação de caminhões-pipa para áreas mais afetadas e o fortalecimento das campanhas de uso racional da água.
A crise hídrica decorre da estiagem prolongada nos meses de agosto e setembro, quando o volume de chuva ficou cerca de 90% abaixo do esperado, além da baixa qualidade da água captada no Piracicaba, que tem dificultado o tratamento e reduzido a oferta.
O DAE reforça o pedido à população para economizar água e adotar práticas conscientes até que o abastecimento seja normalizado com o retorno das chuvas.
A Prefeitura de Americana informou que a cidade enfrenta uma emergência hídrica, com problemas de abastecimento em todas as regiões.
Segundo a administração municipal, não há bairros totalmente sem água, mas o volume distribuído está abaixo do ideal.