A Prefeitura de São Paulo iniciou a implantação de 103 novos jardins de chuva na região da Sé, ampliando a rede de drenagem sustentável no centro da capital. Com as novas intervenções, a cidade passará a contar com 530 estruturas desse tipo, voltadas à redução de alagamentos, ao aumento da permeabilidade do solo e à melhoria da gestão das águas pluviais em áreas de grande circulação de pessoas.
Atualmente, São Paulo possui 427 jardins de chuva em operação. Os novos dispositivos estão distribuídos em 47 endereços estratégicos da região central e integram a política municipal de soluções baseadas na natureza, adotada para enfrentar os impactos das chuvas intensas em áreas urbanas densamente ocupadas.
As obras começaram pela Rua Condessa de São Joaquim, na altura do número 250, onde já foram executadas etapas como escavação, preparação do solo e instalação dos componentes do sistema de drenagem. A partir desse ponto, os trabalhos seguem de forma escalonada para outros locais previstos no cronograma técnico.
Os novos jardins de chuva estão sendo implantados em vias, praças e cruzamentos de bairros como Sé, República, Bela Vista, Cambuci, Santa Cecília e Consolação. A escolha dos pontos levou em conta critérios técnicos como topografia, proximidade de cursos d’água, histórico de alagamentos e capacidade de infiltração do solo.
Além de contribuírem para o controle das enchentes, os jardins de chuva desempenham papel importante na recarga do lençol freático. Segundo o secretário municipal das Subprefeituras, Fabricio Cobra, essas estruturas permitem que a água da chuva seja absorvida gradualmente pelo solo, reduzindo o volume direcionado aos córregos por meio da drenagem convencional.
Na região central, os jardins de chuva também fazem parte das ações de requalificação urbana no entorno do Elevado Presidente João Goulart, o Minhocão. As intervenções começaram pela Avenida Amaral Gurgel, já foram concluídas na Avenida São João e seguem em trechos da Avenida General Olímpio da Silveira, integrando infraestrutura verde às transformações do espaço urbano.
De acordo com a Prefeitura, a ampliação da rede de jardins de chuva reforça o compromisso com soluções sustentáveis que combinam infraestrutura, paisagismo e qualidade de vida. Além de aumentar a resiliência da cidade frente às mudanças climáticas, as intervenções qualificam o ambiente urbano e tornam os espaços públicos mais agradáveis para moradores e pedestres.
Paralelamente à implantação das novas unidades, a Secretaria Municipal das Subprefeituras realiza a revitalização de 110 jardins de chuva instalados em 2019. Os serviços incluem replantio, adubação de manutenção e aplicação de cobertura com material triturado, técnica que ajuda a conservar a umidade do solo e favorece o desenvolvimento das mudas.
A manutenção começou pela Rua Avanhandava, também na região central, e deve se estender a outros pontos da cidade, garantindo o pleno funcionamento das estruturas e a continuidade da estratégia de drenagem sustentável adotada pelo município.