A Polícia Civil prendeu uma mulher de 38 anos suspeita de colaborar com o roubo de gravuras de Henri Matisse e Candido Portinari da Biblioteca Mário de Andrade, ocorrido em 7 de dezembro. Celular de um dos criminosos foi encontrado na casa dela. As obras, pertencentes ao Museu de Arte Moderna (MAM), seguem desaparecidas.
A polícia apura indícios de que ele teria se refugiado na casa dela após o assalto. No imóvel, foi encontrado o celular de Gabriel. A suspeita nega participação no roubo e afirma desconhecer o paradeiro das gravuras. O casal tem uma filha.
Outros dois envolvidos já estão presos. Felipe dos Santos Fernandes Quadra foi identificado como um dos criminosos que estiveram na biblioteca no dia do crime. Já Luis Carlos Nascimento é apontado pela polícia como integrante da facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
As 13 gravuras roubadas — oito de Matisse e cinco de Portinari — integravam a exposição Do Livro ao Museu: MAM São Paulo e Biblioteca Mário de Andrade, realizada em parceria com o MAM. O crime ocorreu no último dia da mostra.
Segundo o relato oficial, os suspeitos renderam uma vigilante e um casal de visitantes, recolheram as obras, colocaram-nas em sacolas e deixaram o local pela entrada principal da biblioteca.
A Prefeitura de São Paulo informou que a Interpol incluiu as gravuras no sistema ID-Art, base internacional utilizada para identificar e rastrear obras de arte furtadas ou roubadas. A Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa destacou que os itens possuem elevado valor cultural, histórico e artístico, sem possibilidade de avaliação apenas financeira.