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'Caso Andrés Sanchez' está nas mãos do TJ-SP

A Justiça de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 480.169,60 em nome de Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, como medida cautelar no processo criminal que está em andamento.

Segundo registro do sistema judicial de bloqueios, a ordem atinge contas e aplicações financeiras vinculadas ao dirigente em diferentes instituições bancárias e plataformas de pagamento, como Itaú, Santander, Caixa Econômica Federal, XP Investimentos, PicPay, Mercado Pago e Nubank.

A ordem judicial não inclui conta-salário, que foi registrada como sigilosa e protocolada no mesmo dia em que a juíza suspendeu os efeitos da decisão que havia reduzido o alcance da denúncia apresentada pelo Ministério Público.

Mesmo com a suspensão do processo e da decisão que havia sido favorável a Andrés, a Justiça manteve e deu andamento ao bloqueio dos valores, que segue válido até nova deliberação.

Processo parado, mas restrições seguem valendo

O processo foi paralisado após o Ministério Público pedir o afastamento da juíza responsável pelo caso.

Embora a magistrada tenha negado qualquer irregularidade, ela decidiu suspender os efeitos da decisão anterior até que o Tribunal de Justiça de São Paulo analise o pedido.

Com isso, a decisão que havia reduzido parte da denúncia fica sem validade neste momento, mas as medidas cautelares, entre elas o bloqueio financeiro, continuam em vigor.

Na decisão, a juíza afirma que a suspensão evita possíveis prejuízos caso o Tribunal venha a acolher o pedido do Ministério Público, o que poderia levar à anulação de atos já praticados.

Caso está nas mãos do TJ-SP

O pedido do Ministério Público foi encaminhado à Câmara Especial do Tribunal de Justiça, que agora decidirá se a juíza pode ou não continuar à frente do processo.

Até essa definição, o caso segue suspenso, assim como os prazos relacionados à decisão que havia beneficiado parcialmente Andrés Sanchez.

Andrés Sanchez chegou ao Corinthians em 2005, quando foi vice-presidente de futebol, assumindo o lugar de Antônio Roque Citadini. Em 2007, foi eleito presidente do clube. Apesar do rebaixamento para a Série B em 2007, ele foi responsável pela reestruturação do clube, que voltou à elite conquistando o Paulistão 2009, a Copa do Brasil 2009 e o Brasileirão de 2011.