A Comissão Extraordinária do Meio Ambiente e Direito dos Animais da Câmara Municipal de São Paulo voltou a discutir, em Audiência Pública as obras de revitalização do Parque do Carmo, na zona leste da capital paulista. O debate anterior sobre as intervenções ocorreu em agosto.
O Parque do Carmo é uma das maiores áreas verdes da cidade e abriga equipamentos culturais, esportivos e ambientais como o Bosque das Cerejeiras e o Museu do Meio Ambiente. Iniciadas em abril do ano passado, as obras incluem manejo arbóreo, vigilância, restauração de edificações, vias de circulação, rede elétrica e intervenções estruturais. De acordo com cronograma da Prefeitura de São Paulo, a previsão de conclusão das intervenções no parque é de 24 meses - até março de 2026. Segundo o governo municipal, o objetivo é manter as características históricas e paisagísticas do espaço.
Propositor da audiência e presidente da Comissão de Meio Ambiente, o vereador Alessandro Guedes (PT) destacou a importância da continuidade do debate sobre as obras no local. "Existem temas que não saíram do lugar, das obras e melhorias". O parlamentar também chamou a atenção para o atraso nas obras. "Apenas 21% estão concluídas", alertou.
Para Guedes, é necessário que a revitalização avance o mais rápido possível, pois "a população da zona leste merece usufruir o Parque do Carmo com a melhor infraestrutura".
Debate
Participaram da audiência representantes das secretarias municipais do Verde e do Meio Ambiente e de Infraestrutura e Obras, da GCM (Guarda Civil Metropolitana), conselheiros e gestores do Parque do Carmo, além de moradores da região e a sociedade civil. O atraso das obras foi a principal demanda trazida pelos participantes. "Precisa ter uma dinâmica de ação que atenda a população", pediu Gilson Negão, da Associação Fala Negão e da Cooperativa de Trabalho para vendedores(as) do Parque do Carmo. "A população e os trabalhadores do parque estão ansiosos pela conclusão", acrescentou Gilson.