A CPI do Jardim Pantanal discutiu novas alternativas para enfrentar as enchentes no bairro da zona leste de São Paulo, durante reunião extraordinária que contou com a participação de um professor da EACH-USP. O objetivo dos parlamentares é reunir informações técnicas e sociais para orientar ações que reduzam os impactos das inundações e ofereçam soluções duradouras à comunidade.
O geógrafo Sidnei Raimundo apresentou pesquisas realizadas com moradores da região e destacou que projetos ambientais precisam considerar o envolvimento direto da população. Segundo ele, medidas emergenciais são importantes, mas devem vir acompanhadas de intervenções que preservem a calha do rio, ampliem áreas permeáveis e criem espaços de convivência que reforcem o sentimento de pertencimento.
Os vereadores questionaram o professor e compararam suas propostas a experiências já adotadas no Programa Mananciais, na represa Billings. Para o relator da CPI, Silvão Leite, parte das ações aplicadas há anos naquele território poderia ser adaptada ao Jardim Pantanal, combinando resposta emergencial e planejamento urbano de longo prazo.
Já o vereador Major Palumbo defendeu prioridade absoluta às obras imediatas, apoiando a proposta da Siurb para construção de gabiões e pista de manutenção, argumentando que só após a contenção do risco será possível avançar para projetos como parques lineares.
O presidente da CPI, Alessandro Guedes, reforçou a necessidade de considerar o impacto social das intervenções, especialmente eventuais remoções. Ele apontou que soluções como o aproveitamento de uma cava existente poderiam reduzir deslocamentos e funcionar como área de retenção natural. A comissão também aprovou novos convites a especialistas da FAU Mackenzie, USP e ao biólogo Luis Schiesari, além da ampliação do prazo de funcionamento da CPI. Participaram da reunião os vereadores Alessandro Guedes, Silvão Leite, Major Palumbo, Sonaira Fernandes e Dr. Milton Ferreira.
