A desapropriação de imóveis e terrenos para a construção do Trem Intercidades (TIC), que ligará Campinas a Jundiaí, começou esta semana. O processo é de responsabilidade do governo do Palácio dos Bandeirantes. O TIC e o Trem Intermetropolitano (TIM) fazem parte do projeto ferroviário Eixo Norte em São Paulo, que pretende conectar São Paulo à Campinas.
A Secretaria de Parcerias em Investimentos deu permissão para que a concessionária TIC Trens, que tem como integrante a empresa chinesa CRRC, vencedor do leilão do Trem Intercidades, avance na requisição de 23 áreas em cinco municípios: Campinas, Jundiaí, Louveira, Valinhos e Vinhedo. As áreas são de pessoas físicas e jurídicas. Uma delas tem 182 m² e pertence ao Sesi (Serviço Social da Indústria) de Vinhedo.
A autorização publicada esta semana pelo Palácio dos Bandeirantes permite à concessionária invocar o caráter de urgência na liberação de 77.000m², onde serão implantados os trilhos do Lote 1 do Trecho 3.
O projeto do Trem Intercidades (TIC) prevê um trem expresso, saindo da Estação Barra Funda em São Paulo com direção a Campinas, com parada em Jundiaí. São 101 quilômetros de extensão, que serão percorridos no tempo estimado de 64 minutos. A velocidade máxima será de 140 Km/h, e o início das operações está previsto para abril de 2031. O projeto prevê assentos diferenciados, bagageiros e a possibilidade de serviço de bordo.
O trecho específico de São Paulo a Jundiaí já existe e é usado pela Linha 7-Rubi. Já o Trem Intermetropolitano (TIM) compõe o TIC, sendo o trajeto que liga Jundiaí a Campinas, e passando por Louveira, Vinhedo e Valinhos. O trecho tem 44 quilômetros de extensão, e a viagem está prevista para durar 33 minutos, com velocidade máxima de 90 Km/h. Será o primeiro serviço a operar, com previsão de início para maio de 2029.
Trajeto inteiro
Estação Central em Campinas, Valinhos, Vinhedo, Louveira, Jundiaí, Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista, Botujuru, Francisco Morato, Baltazar Fidélis, Francisco da Rocha, Caieiras, Perus, Vila Aurora, Jaraguá, Vila Clarice, Pirituba, Piqueri, Lapa e Barra Funda.
Trecho São Paulo - Jundiaí
Quem passa pela estação Barra Funda, em São Paulo (que integra linhas do Metrô e da CPTM-Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) ainda não percebeu movimentações ou mudanças visíveis que pudessem chamar atenção sobre a implementação do TIC, o trem intercidades, que vai ligar São Paulo a Campinas.
O TIC usará o mesmo trajeto da Linha 7-Rubi, que hoje liga São Paulo a Jundiaí. A diferença é que o TIC deve ter apenas 3 paradas (Barra Funda, Jundiaí e Campinas), com tempo de deslocamento de aproximadamente 64 minutos ao todo.
Mas o trajeto continuará a ser usado pela Linha 7-Rubi, com suas 17 estações, que devem receber melhorias na via permanente e maior acessibilidade.
Há tempos a linha 7-Rubi é motivo de queixas da população sobre a distância entre os trens e as plataformas de embarque e desembarque. A estação Pirituba é um exemplo disso. As plataformas chegam a apresentar, em alguns trechos, distancia suficiente para uma pessoa cair no vão.
Essa é uma das melhorias esperadas pela população, depois da concessão da linha para o uso do trecho pelo Trem Intercidades.
A concessão tem o valor estimado em R$ 13,5 Bilhões e, nos 57km de malha da linha 7-Rubi, há a promessa, ainda, de modernização dos sistemas de controle, além de novos equipamentos, passarelas e sistemas de drenagem.
Governo também avança no projeto do TIC Sorocaba
O Governo do Estado de São Paulo atualizou o cronograma para o Trem Intercidades (TIC) Eixo Oeste, que ligará a capital paulista a Sorocaba. Segundo informações da Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI), o leilão para concessão do projeto está previsto para ocorrer no primeiro trimestre de 2026, com a assinatura do contrato estimada para cerca de 90 dias após a licitação.
De acordo com o governo estadual, a ampliação do prazo tem como objetivo permitir que os interessados analisem com mais profundidade os documentos técnicos e formulem propostas mais consistentes. Entre os grupos que já demonstraram interesse em participar da disputa está o Grupo Motiva, controlador da ViaMobilidade. A empresa opera linhas metropolitanas da CPTM e tem parte da sua infraestrutura paralela ao traçado previsto