Entre a próxima sexta-feira (7) e a quarta-feira (12) da semana que vem, os barcos-hospitais Papa Francisco e São João XXIII estarão no Terminal Hidroviário do distrito de Icoaraci, em Belém (PA), oferecendo atendimentos médicos e cirúrgicos a moradores da região e das ilhas próximas.
A iniciativa amplia a oferta de serviços de saúde durante a 30ª Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), e busca garantir assistência especializada a populações ribeirinhas.
A ação é coordenada pela Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (Saes), do Ministério da Saúde (MS), em colaboração com a Secretaria de Saúde Pública do estado (Saespa) e a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). As unidades fluviais atuarão como retaguarda médica, atendendo tanto os residentes do distrito quanto pacientes previamente selecionados para procedimentos.
Os barcos oferecem estrutura para consultas, exames e cirurgias de média complexidade. Entre as especialidades disponíveis estão clínica geral, ginecologia, radiologia, pediatria, oftalmologia, odontologia, anestesiologia e cirurgia geral.
Serão realizadas cirurgias como hérnias, postectomias e colecistectomias, além de exames laboratoriais e de imagem.
Cada embarcação conta com três salas cirúrgicas, uma sala de oftalmologia e cinco consultórios odontológicos.
A previsão é de cerca de 14 cirurgias por dia e 30 consultas médicas diárias, além de atendimentos odontológicos e exames complementares.
O funcionamento seguirá o cronograma definido pelas secretarias de saúde envolvidas na operação. Os barcos-hospitais são considerados referência em assistência médica itinerante na Amazônia, com atuação voltada a áreas de difícil acesso.
O Papa Francisco entrou em operação em 2019 e já percorreu 17 municípios da Calha Norte do Pará, realizando quase 600 mil atendimentos a mais de 1 milhão de pessoas.
O São João XXIII iniciou as atividades em 2024 e presta serviços em 19 municípios do Amazonas, onde já foram feitos mais de 127 mil atendimentos.
Conforme divulgado pela Agência Pará, o projeto surgiu a partir de um pedido feito pelo Papa Francisco em 2013, com o objetivo de ampliar o acesso a serviços de saúde para comunidades ribeirinhas e povos indígenas da Amazônia.
