Mesmo após o encerramento do processo que tratava da proteção à Terra Indígena Yanomami no Supremo Tribunal Federal (STF), o Governo Federal mantém equipes de forma contínua no território, juntamente com agentes do Amazonas e de Roraima.
A atuação envolve mais de vinte órgãos, com ações nas áreas de fiscalização ambiental, segurança e atendimento à saúde. Informações encaminhadas ao STF mostram queda expressiva do garimpo e melhoria nos serviços oferecidos às comunidades. A permanência de estruturas fixas e a coordenação integrada pretendem garantir que as mudanças sejam duradouras.
A operação busca impedir a volta de invasores, ampliar o acesso aos serviços e monitorar a presença de grupos criminosos. Entre março de 2024 e setembro de 2025, dados oficiais registraram redução de 98% dos alertas de garimpo na área.
No mesmo período, também foram identificados 224 hectares de roças retomadas por moradores da terra indígena. As equipes realizam ações terrestres, aéreas e fluviais, com o objetivo de interromper o abastecimento de grupos ilegais e impedir que estruturas abandonadas sejam reutilizadas.
No último balanço, as equipes realizaram 7,7 mil ações de fiscalização e comando, inutilizaram 695 acampamentos e apreenderam embarcações, aeronaves, armas e combustíveis. As medidas resultaram em prejuízo de aproximadamente R$ 550 milhões às atividades criminosas desde o início da coordenação integrada.
A gestão das ações é feita pela Casa de Governo, em Boa Vista (RR), responsável por articular as instituições envolvidas e monitorar resultados.
Após a situação de emergência decretada em 2023, foram investidos mais de 596 milhões de reais na recuperação de estruturas e na contratação de equipes. O número de trabalhadores em atuação passou de aproximadamente seiscentos para mil oitocentos e cinquenta e cinco entre 2022 e 2025.
O aumento de profissionais possibilitou crescimento de 72,6% nos atendimentos médicos. Estão em funcionamento centros de referência em saúde, proteção territorial e atendimento a crianças. Segundo a Casa de Governo, a manutenção dessas unidades tem como meta garantir presença constante do Estado e apoiar a retomada das atividades tradicionais nas comunidades.