O governo do Amapá realiza, até este fim de semana, uma mobilização que vem sendo considerada a maior ação de saúde já registrada no sistema prisional brasileiro, segundo a Agência estadual de notícias.
A iniciativa é conduzida pelo Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), e conta com o apoio de órgãos municipais.
Desde o início desta operação, no último dia 8, mais de 2,1 mil pessoas privadas de liberdade receberam atendimento médico nas unidades prisionais do estado. Somente na Penitenciária Masculina, no dia 14, foram realizados mais de 1,1 mil atendimentos, número que superou qualquer registro anterior em um único dia.
Ainda segundo a Agência Amapá de notícias, a meta do programa é alcançar toda a população carcerária do Amapá, estimada em 3,8 mil pessoas, distribuídas entre os centros de custódia e as penitenciárias masculina e feminina.
A força-tarefa envolve cerca de 300 profissionais, entre 150 policiais penais e 120 trabalhadores da área da saúde.
O grupo atua em regime intensivo, levando consultas médicas, vacinação, testes rápidos e outros serviços a todas as unidades prisionais do estado.
O trabalho busca assegurar condições básicas de saúde e identificar casos que demandem tratamento especializado, com encaminhamento imediato para acompanhamento clínico.
Além das ações voltadas às pessoas em privação de liberdade, conforme divulgado pela Agência Amapá, a operação contempla também os servidores penitenciários.
Entre os serviços ofertados estão atendimentos odontológicos, apoio psicológico, auriculoterapia, massagem e também alguns cuidados estéticos.
Essas atividades têm o objetivo de promover bem-estar e prevenção entre os profissionais que atuam diariamente no sistema prisional.
A mobilização integra o plano nacional "Pena Justa" e reforça a política de saúde voltada às unidades de custódia.
O Iapen destaca que a iniciativa representa um marco na gestão penitenciária do estado e do país, consolidando o compromisso com o direito ao atendimento médico e o fortalecimento das ações de cidadania.