Em setembro de 2025, um levantamento do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter/Inpe) registrou 107 quilômetros quadrados (km²) sob alertas de desmatamento, valor mais baixo para o mesmo mês desde 2017.
O total representa redução de 47% em relação a setembro de 2024, quando foram registrados 202 km², e queda de 80% em comparação com 2023, ano de maior intensidade na série histórica.
O dado integra o sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), base oficial usada para acompanhamento das ocorrências. De acordo com a Agência Pará de notícias, a avaliação técnica indica continuidade na tendência de retração a partir de 2023 e aponta impacto direto das ações combinadas de fiscalização, vigilância e gestão ambiental.
Nos municípios prioritários para prevenção e controle, a área sob alerta passou de 118,96 km² em 2024 para 52,16 km² em 2025, equivalente a redução de 56%. Altamira teve redução de 90%; Novo Progresso, 93%; Itaituba, 67%; Pacajá, 63%; e São Félix do Xingu, 55%.
No acumulado de agosto e setembro houve queda de 54%, ao passar de 394 km² em 2025 para 181 km² em 2026, consolidando o terceiro ano consecutivo de diminuição nas áreas.
As autoridades atribuem parte do resultado ao aumento de operações de campo, à integração entre órgãos estaduais e federais, ao uso ampliado de imagens de satélite para detecção precoce e a medidas administrativas que restringem o acesso a áreas de risco.
Também foram mencionadas ações de inteligência ambiental e iniciativas de prevenção junto a comunidades locais, com foco em reduzir atividades ilegais e promover fontes de renda alternativas.
Esses elementos, segundo técnicos, contribuíram para diminuir frentes de corte e incêndios associados a derrubadas.
Para a gestão do Pará, os números divulgados foram apresentados em momento de maior visibilidade internacional para a região, em razão da preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que terá Belém como sede.
O conjunto de resultados serve para embasar políticas públicas voltadas à conservação, ao uso sustentável dos recursos e à transição para atividades econômicas com menor impacto sobre a floresta.