O governo federal anunciou, na terça-feira (8), em Macapá (AP), a liberação de R$ 500 milhões em microcrédito produtivo para impulsionar pequenos negócios e a agricultura familiar na região Norte.
O programa, coordenado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), busca ampliar o acesso a recursos financeiros e fortalecer a economia em áreas rurais e urbanas. Os financiamentos poderão ser acessados por agricultores, empreendedores e trabalhadores informais interessados em investir em atividades produtivas.
A estimativa é alcançar mais de 100 mil beneficiários.
A iniciativa tem apoio do Banco da Amazônia (Basa) e da Caixa Econômica Federal, responsáveis por disponibilizar as linhas de crédito e acompanhar os contratos. O Basa atua com foco na agricultura familiar e na produção comunitária, utilizando recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).
Já a Caixa amplia o acesso ao microcrédito urbano e social, voltado a pequenos comerciantes e prestadores de serviço.
O objetivo é garantir que o crédito chegue a diferentes perfis de empreendedores e circule na economia local.
O programa prevê R$ 1 bilhão em crédito produtivo neste ano, dividido entre os Fundos Constitucionais do Norte e do Centro-Oeste (FCO).
Metade desse valor será aplicada exclusivamente na região Norte, com o Banco da Amazônia como principal operador.
As condições incluem juros de 0,5% ao ano, prazo de até três anos e bônus de adimplência de até 40%.
Os valores variam de R$ 8 mil a R$ 15 mil, com categorias específicas para mulheres, jovens e produtores familiares. No Amapá, o programa já movimentou R$ 14,5 milhões e firmou 1.230 contratos em 2025. A execução no estado é reforçada por mutirões de atendimento e parcerias com prefeituras e cooperativas locais.
Além do crédito, o Amapá vem recebendo investimentos em cadeias produtivas estratégicas. A Rota do Açaí recebeu R$ 5 milhões para capacitação e estruturação de produtores, enquanto a Rota do Pescado obteve R$ 1,6 milhão em ações voltadas à piscicultura e à criação de um centro de alevinagem em Tartarugalzinho (AP).
Outro eixo é a Rota da Economia Circular e TIC, que recebeu R$ 3,7 milhões.