O Amazonas registrou o menor número de focos de calor para o mês de setembro desde o início da série histórica, em 2002. De acordo com informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram contabilizados 942 pontos de queimadas no período.
O valor é 86% inferior ao observado no mesmo mês de 2024, quando houve 6,8 mil registros. Esta é a primeira vez que o total mensal fica abaixo de mil ocorrências. O monitoramento é feito pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).
A análise do acumulado do ano, de janeiro a setembro, também aponta uma queda expressiva. Foram identificados 3,2 mil focos de calor em 2025, uma redução de 18,8 mil registros se comparado com os nove primeiros meses do ano anterior. Com esse desempenho, a unidade federativa alcançou a quinta posição no ranking de queimadas entre os estados da Amazônia Legal.
Do total de focos, a maior parte ocorreu em terras federais e em regiões sem definição cartográfica. Apenas 438 notificações, o que equivale a 13% do total anual, foram em áreas sob gestão direta do governo estadual, como glebas e unidades de conservação. As autoridades ambientais atribuem o resultado positivo a uma combinação de fatores. A intensificação das operações de fiscalização e a presença constante de equipes em campo são apontadas como ações chave. O regime de chuvas mais intenso nas regiões historicamente mais afetadas pelas chamas também contribuiu para a diminuição dos índices.
O trabalho de combate direto ao fogo é realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar, com suporte da Defesa Civil e dos municípios. O esforço conjunto tem como objetivo a proteção da floresta, da biodiversidade e da população local.