O Amapá está entre os 11 estados do país que registraram avanço no desempenho de estudantes negros e de baixa renda entre 2019 e 2023, período que compreende antes e depois da pandemia. Os dados foram divulgados pelo instituto Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), que avaliou informações do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) considerando raça e nível socioeconômico.
O percentual de alunos amapaenses em situação de vulnerabilidade com aprendizado adequado passou de 10,8% em 2019 para 11,3% em 2023. No ensino de língua portuguesa, o índice cresceu de 16,9% para 18,4% no mesmo período.
O estudo também apontou que a melhora é resultado do repasse do Valor Aluno/Ano Resultado (Vaar), mecanismo do Fundo Nacional de Desenvolvimentod a Educação Brasileira (Fundeb) que destina mais recursos às redes que apresentam evolução no desempenho dos estudantes em situação de maior risco social.
O estado ampliou a taxa de estudantes pretos, pardos e indígenas com aprendizagem adequada, que saiu de 14,2% em 2019 para 15,5% em 2023.
Em português, nos anos finais do ensino fundamental, o percentual foi de 19,5% para 21,8%. No mesmo intervalo, os indicadores de alunos brancos e amarelos também cresceram, de 23,5% para 32,6%. No caso da matemática nos anos finais do fundamental, o percentual de pretos, pardos e indígenas com desempenho considerado adequado passou de 4,8% para 5,3%. Para brancos e amarelos, os resultados foram de 6,2% em 2019 para 7% em 2023.
O levantamento mostra que, além do Amapá, outros dez estados também apresentaram melhora: Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Amazonas, Pará, Paraná e Goiás.