Entre 1º de janeiro e a última terça-feira (26), o Amazonas registrou 4,8 mil ocorrências de esporotricose, somando casos humanos e animais.
Do total, 1,6 mil notificações foram em pessoas, das quais 1.256 confirmadas, 212 seguem em análise e uma resultou em óbito.
A vítima foi uma mulher de 42 anos, residente em Manaus, que recebeu o diagnóstico tardiamente e faleceu em julho.
A maioria dos pacientes confirmados mora em Manaus (1.174), mas também há registros em Presidente Figueiredo (28), Barcelos (25), Iranduba (5), Manacapuru (5), Maués (5) e Itacoatiara (4).
Casos em animais
No mesmo período, foram contabilizados 3,2 mil episódios em animais, sendo quase 3 mil confirmados.
Entre os infectados, 1,7 mil seguem em tratamento e mais de 1,2 mil foram a óbito ou passaram por eutanásia.
Os gatos representam 97,2% das ocorrências, enquanto os cães correspondem a 2,8%. A maioria dos animais é macho, o que indica maior exposição a ambientes externos.
A doença
A esporotricose é causada por fungos do gênero Sporothrix, presentes naturalmente no solo, em plantas e na matéria orgânica em decomposição.
O contágio humano também pode acontecer pelo contato da pele com espinhos, lascas de madeira ou palha contaminada. A transmissão para pessoas pode ocorrer por arranhaduras, mordidas, lambeduras, secreções respiratórias e contato direto com lesões cutâneas ou nas mucosas.
Entre as medidas de prevenção estão o acompanhamento de cães e gatos em áreas externas e a busca imediata por atendimento médico ou veterinário em casos suspeitos.
O enfrentamento da doença conta com um grupo técnico que reúne órgãos estaduais e municipais. Fazem parte a Fundação de Vigilância em Saúde Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, a Fundação Hospital Alfredo da Matta, a Secretaria de Estado de Proteção Animal, a Secretaria Municipal de Saúde de Manaus e o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Amazonas.
O informe é atualizado mensalmente e pode ser consultado no site da FVS-RCP.