O Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna, em Belém (PA), está entre as cinco unidades de conservação mais pesquisadas do Brasil na internet.
O dado é de levantamento da empresa Bulbe Energia, que identificou 96,3 mil buscas em 2024. O parque paraense aparece ao lado de destinos conhecidos como Serra da Capivara, no Piauí, Chapada dos Veadeiros, em Goiás, e Lençóis Maranhenses, no Maranhão.
A pesquisa aponta crescimento do interesse por áreas naturais no país. As consultas pelo termo "unidade de conservação (UC)" tiveram alta de 50% em 2024, ultrapassando 1 milhão de registros. O movimento virtual acompanha o aumento do ecoturismo.
Dados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) indicam que mais de 25,5 milhões de visitas ocorreram em áreas protegidas federais no último ano, 4,9% a mais que em 2023.
A presença do Utinga nesse ranking mostra a importância do turismo de natureza na Amazônia e reforça sua função como espaço de lazer, educação ambiental e proteção dos recursos hídricos que abastecem Belém e municípios vizinhos. Criado em 1993, o local garante cerca de 70% da água consumida na região metropolitana.
O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará tem investido em melhorias de infraestrutura no parque. As ações incluem reforma de áreas de convivência, sinalização interpretativa, reforço da segurança e modernização das trilhas.
Também são promovidas atividades educativas e turísticas que conciliam preservação com visitação organizada.
A proximidade com o centro urbano e a oferta de experiências variadas ajudam a consolidar o Utinga como destino de destaque. O espaço recebe visitantes interessados em ciclismo, trilhas, observação da fauna e flora e visitas aos lagos Bolonha e Água Preta.
No ranking nacional, a liderança ficou com o Parque Estadual da Cantareira, em São Paulo, que teve 161,4 mil buscas. Em seguida aparecem a Serra da Capivara, com 127,1 mil, a Chapada dos Veadeiros, com 114,6 mil, e os Lençóis Maranhenses, com 112 mil.
O Utinga ocupa a quinta posição, à frente de áreas tradicionais como Serra dos Órgãos e Pedra Branca, no Rio de Janeiro. A unidade atua como polo de educação ambiental.
