Porto Velho (RO) apresentou redução de focos de incêndio entre maio e julho de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados são do Programa de Monitoramento de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e indicam queda de 84,47% nos registros.
Em maio de 2024 foram contabilizados oito ocorrências e em 2025 três. No mês de junho passado houve apenas um foco, enquanto neste ano o número chegou a 16. Já em julho de 2024 foram 648 focos, contra 83 em 2025, o que representa queda de 87,35%.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema) relaciona o resultado ao conjunto de fatores que inclui condições climáticas e fortalecimento das políticas de prevenção e combate a incêndios florestais.
Em 2024, o cenário foi agravado por eventos como o El Niño, que provocou estiagem severa e aumentou os riscos de fogo, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA). A cidade chegou a ficar encoberta por fumaça, afetando o meio ambiente, a navegação no rio Madeira e a saúde da população.
Porto Velho enfrentou o pior quadro da década em qualidade do ar, de acordo com o World Air Quality Report 2024, com média anual de 29,5 microgramas por metros cúbicos de material particulado fino, liderando o ranking das cidades mais poluídas da América Latina. Desde janeiro de 2025, a prefeitura de Porto Velho implementa medidas de prevenção para reduzir impactos da poluição atmosférica.
A Sema intensificou vistorias a partir de maio, coibindo queimadas, desmatamento e descarte irregular de resíduos, com ações de orientação e educação. Além disso, houve a criação de comitê integrado com Ministério Público de Rondônia e equipes de fiscalização.
