Roraima registrou aumento no número de bovinos abatidos no primeiro semestre de 2025. Segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Aderr), foram 105,3 mil animais encaminhados para o abate entre janeiro e julho.
A projeção é alcançar 180,5 mil até o fim do ano, resultado que, se confirmado, será o maior já registrado na série histórica. A Aderr, que fiscaliza e controla atividades ligadas à saúde dos rebanhos, apresentou dados por município.
Mucajaí lidera com 19,8 mil cabeças abatidas, seguido de Rorainópolis (13 mil) e Caracaraí (11,9 mil). Na lista estão ainda Iracema (11,4 mil), Cantá (10,6 mil), Alto Alegre (10,4 mil), Caroebe (9,4 mil), Bonfim (8,3 mil), São Luiz do Anauá (3,2 mil), Amajari (2,8 mil), São João da Baliza (2,8 mil) e Boa Vista (1.2 mil).
Normandia, Pacaraima e Uiramutã não registraram abates, mas se destacam na criação de bezerros para engorda em outros municípios.
O crescimento acompanha a expansão do rebanho bovino estadual, que passou de 780 mil animais em 2018 para mais de 1,35 milhão em 2025.
O marco de 1 milhão foi superado em 2021, impulsionado por políticas públicas e parcerias com produtores.
A pandemia de covid-19, no entanto, reduziu temporariamente o ritmo de abates.
Desde 2019, o governo estadual intensificou investimentos para estruturar a cadeia produtiva, buscando consolidar a pecuária como atividade estratégica para a economia.
Dados indicam que o desempenho atual deve igualar o total de 2024 já em agosto. A expectativa é que, entre setembro e dezembro, haja incremento em relação ao ano anterior.
Entre as exigências para manter o crescimento, está a vacinação regular contra a febre aftosa e o cumprimento de normas de transporte e manejo animal. A cadeia da carne bovina no etado envolve desde a produção de bezerros até a engorda e o processamento final.
Municípios com grandes pastagens concentram a fase de engorda, enquanto outras localidades se especializam na cria, formando uma rede de abastecimento interno e também para exportação. Ainda segundo a Aderr, a perspectiva de recorde em 2025 reforça a participação de Roraima no mercado nacional, com impacto direto na geração de renda e na movimentação econômica regional.