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Pará reduziu focos de calor em 74% em julho

O Pará reduziu em 74,3% o número de focos de calor em julho de 2025, segundo dados do Núcleo de Monitoramento Hidrometeorológico, com base em informações de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Foram 837 registros, contra 3,2 mil no mesmo mês de 2024. O resultado ocorre após o fortalecimento de políticas de prevenção e controle ambiental e também por condições climáticas mais favoráveis, diferentes do cenário de 2024, marcado por estiagem e eventos como El Niño e Dipolo do Atlântico.

As ações estão concentradas no Programa Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, o Pará Sem Fogo, lançado neste ano pela Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas) em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar (CBMPA).

O plano atua em monitoramento em tempo real, prevenção baseada em ciência, resposta rápida coordenada e capacitação de brigadas locais.

O estado já mapeou 22 áreas com risco médio a alto de incêndio e mantém centro de monitoramento climático e de queimadas com uso de imagens de satélite, dados meteorológicos e sensores termais.

Está prevista a criação do Centro Integrado Multiagências de Combate aos Incêndios Florestais (Ciman), que reunirá órgãos, bombeiros, secretarias estaduais e o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (IDEFLOR-Bio) em um comando único.

De acordo com a Agência Pará, entre os municípios, Itaituba reduziu de 719 para 83 focos, queda de 88,4%. Altamira passou de 169 para 57, redução de 66,3%. São Félix do Xingu caiu de 162 para 41, queda de 74,7%. Já em Novo Progresso e Jacareacanga, que figuraram entre os maiores registros em 2024, saíram do topo do ranking estadual em 2025.