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Queda de 93% nos focos de calor no Amazonas em julho

O Amazonas registrou redução de 93,4% nos focos de calor durante o mês de julho de 2025. Foram 278 ocorrências detectadas em todo o território, enquanto no mesmo período do ano passado, o número chegou a 4,2 mil. O levantamento é feito com base em imagens de satélite captadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e monitoradas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).

No acumulado do ano, de janeiro a julho, também houve redução expressiva. Foram contabilizados 498 focos no estado, o que representa queda de 89,8% em comparação com os 4,9 mil casos registrados no mesmo período de 2024.

Os focos de calor são áreas que apresentam elevação de temperatura na superfície terrestre, sendo indicativos da presença de fogo ou calor anormal.

Conforme divulgado pela Sema, a diminuição é resultado de um conjunto de ações de monitoramento, fiscalização e prevenção ao desmatamento e às queimadas ilegais.

As operações são coordenadas pelo Comitê Permanente de Enfrentamento aos Eventos Climáticos, junto de órgãos ambientais e de fiscalização.

O trabalho inclui o uso de tecnologias de sensoriamento, mapeamento das áreas de risco e emissão de alertas para orientar as equipes de campo.

O Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas (CMAAP), ligado ao Ipaam, é responsável por acompanhar em tempo real os dados e encaminhar informações para as operações preventivas.

A maior parte dos focos registrados em julho ocorreu em áreas sob jurisdição federal, que concentraram 75,1% das ocorrências. Foram 209 focos em glebas federais, assentamentos, terras indígenas e unidades de conservação da União. Em áreas de gestão estadual, foram identificados 32 focos, o que corresponde a 11,5% do total.

Outros 37 focos (13,3%) foram localizados em regiões sem definição fundiária, conhecidas como vazios cartográficos.

A distribuição fundiária dos focos acumulados em 2025 segue o mesmo padrão.

Áreas federais concentram 73% dos casos, enquanto 13% foram registrados em áreas estaduais. Os vazios cartográficos somaram 13,8% dos focos no período. Os dados de monitoramento ambiental estão disponíveis no site Painel do Clima.