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Amapá reduziu em 30,6% a taxa de homicídios em 2024

O estado do Amapá teve a maior redução proporcional na taxa de homicídios em 2024.

A queda foi de 30,6%, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Em números absolutos, a taxa estadual passou de 64,9 mortes por 100 mil habitantes em 2023 para 45,1 em 2024.

Nos primeiros meses do ano passado, os indicadores já mostravam queda. Em janeiro, a taxa de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) recuou mais de 60%.

No primeiro semestre, o número de vítimas caiu de 175 para 119, o que representa redução de 32% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme divulgado pela Agência Amapá de notícias.

As estatísticas acompanham o aumento de recursos destinados à segurança pública. Somente em 2024, mais de R$ 1 bilhão foram aplicados por meio de verbas estaduais e federais. Os valores foram distribuídos entre aquisição de equipamentos, realização de obras e melhorias salariais e operacionais para os servidores da área.

Foram nomeados cerca de 1,3 mil novos profissionais para reforçar o quadro da segurança, o que representa aumento próximo de 30% no efetivo.

A ampliação da equipe contribuiu para fortalecer o trabalho de policiamento nas ruas e nos setores estratégicos da administração pública estadual.

Entre as medidas para combater o crime estão o uso de drones, câmeras de alta definição e ações de inteligência.

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) e operações preventivas em pontos considerados críticos também contribuíram para os resultados alcançados.

O município de Santana foi um dos que mais avançaram.

Em 2023, liderava a lista das cidades mais violentas do país entre aquelas com mais de 100 mil habitantes. Em 2024, caiu para a 18ª posição.

A taxa de mortes violentas intencionais passou de 92,9 para 54,1 por 100 mil habitantes, com queda de mais de 40%.

A melhoria nos índices em Santana está ligada à Operação Protetor, realizada com frequência pelas forças de segurança. A estratégia é ocupar áreas com presença do crime organizado e enfraquecer as estruturas locais de facções.

Maranguape (CE), teve a maior taxa do país, com 79,9 mortes por 100 mil habitantes.