O estado do Pará ficou em quarto lugar no ranking nacional de redução de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) em 2024, de acordo com dados da 19ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. O relatório, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostra que o Pará lidera a queda desses crimes na região Norte.
O levantamento considera casos como homicídios, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte.
De acordo com o anuário, o número absoluto de CVLI no Pará caiu de 2.110 em 2023 para 1.884 em 2024, o que representa 226 casos a menos.
A taxa por 100 mil habitantes passou de 24,5 para 21,6 no mesmo período. Apenas Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul apresentaram quedas mais acentuadas no país.
A publicação também aponta que o estado teve recuo nos casos de Mortes Violentas Intencionais (MVI), que englobam os CVLI e outros tipos de morte dolosa. Foram 2,5 mil registros em 2024, frente aos 2,7 mil do ano anterior.
Em relação a 2018, quando foram contabilizados 4,7 mil casos, uma queda de 46%.
A taxa por 100 mil habitantes foi de 29,5 em 2024, ante 31,9 em 2023. Uma descrepância maior tem quando se compara com o ano de 2018: 56,6.
De acordo com a Agência Pará de notícias, outro dado destacado foi a redução de 32% nas mortes de policiais civis e militares em serviço. Em 2023, foram 22 ocorrências, número que caiu para 15 em 2024.
Com isso, segundo a Agência, o estado se mantém como um dos poucos da região Norte com queda nesse tipo de crime.
O anuário também mostra que, em 2024, nenhuma cidade paraense aparece na lista das 10 mais violentas do país.
O dado representa grande mudança em relação a anos anteriores. Em 2017, o Atlas da Violência apontava dez municípios do Pará entre os mais violentos, incluindo Altamira, Marituba, Marabá e Belém.
Ainda conforme os dados de 2024, Marituba, que já foi a sétima cidade mais violenta do país, com taxa de 100,1 mortes por 100 mil habitantes, caiu para a 15ª posição, com taxa de 58,8. A cidade é hoje a única do Pará que ainda figura na lista das 20 mais violentas, mas com tendência de saída. O resultado é atribuído a ações de segurança focadas em policiamento ostensivo e articulação entre órgãos.