Neste ano, entre 1º de janeiro e 15 deste mês, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) recebeu 17,3 mil chamadas por meio da Central de Regulação das Urgências.
Do total, 1,2 mil foram trotes, o que representa aproximadamente 10% das ligações.
Segundo o levantamento, a maioria dessas chamadas falsas acontece nas primeiras horas da manhã ou durante a madrugada. Houveram 217 ligações foram resolvidas com orientações médicas por telefone, sem necessidade de ambulância.
Outras 5,5 mil chamadas foram dúvidas, encaminhamentos e pedidos de informação. O número de ocorrências com necessidade do SAMU de unidades somou 10,4 mil.
Desse total, 7 mil resultaram em deslocamento de viaturas, com destaque para as Unidades de Suporte Básico, acionadas quase 4,2 mil vezes, e as de Suporte Avançado, com mais de 4,7 mil atendimentos.
O uso do helicóptero foi registrado em 29 casos e outros veículos foram usados 319 vezes. A triagem realizada pela Central de Regulação é considerada essencial para garantir o uso adequado da frota e o envio correto das equipes de socorro.
A existência de mais de 200 casos resolvidos por telefone, sem envio de viatura, é apontada como reflexo da eficácia desse protocolo. O número elevado de atendimentos reforça a importância de investimentos contínuos em estrutura e planejamento do serviço.
Para conscientizar a população, o Samu desenvolve ações educativas em escolas, como o projeto Samuzinho, voltado ao público infantojuvenil. A iniciativa busca reduzir o número de chamadas indevidas.
Além de causar atrasos, o trote é considerado crime pelo Código Penal, com pena de detenção e multa. Em âmbito estadual, há legislação que prevê punições específicas.