Entre 1º de janeiro e 12 de julho de 2025, o Amazonas notificou 2.610 ocorrências de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Dessas, 822 foram associadas a vírus respiratórios, representando queda de 39,4% em comparação com igual período de 2024, quando houve 1,3 mil notificações.
Os dados constam no informe epidemiológico divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, disponível na página oficial do órgão.
No mesmo período, o número de mortes também recuou. Foram confirmados 44 óbitos ligados a vírus respiratórios, já em 2024, o total foi de 58. Entre as mortes de 2025, 20 foram causadas por Covid-19, 18 por influenza tipo A, 3 por rinovírus, 2 por influenza B e 1 por parainfluenza.
Nos últimos dias, o grupo mais afetado foi o de bebês com menos de um ano, que representaram 52% das notificações. Crianças entre 1 e 4 anos somaram 26%. Pessoas com 60 anos ou mais responderam por 9%.
As demais faixas etárias representaram percentuais menores: entre 5 e 19 anos, 8%; de 20 a 59 anos, 6%.
O Laboratório Central de Saúde Pública do estado identificou os principais vírus em circulação nesse período.
O rinovírus apareceu em 53,8% das amostras, seguido pelo vírus sincicial respiratório, com 37%. Também foram detectados influenza tipo A, adenovírus, coronavírus SARS-CoV-2 e metapneumovírus, com menores proporções.
Para o atendimento de pacientes com sintomas respiratórios, a rede estadual conta com 17 unidades de referência.
Os serviços incluem triagem, testagem para Covid-19, exames laboratoriais e de imagem, além de medicação conforme a necessidade clínica.
A estratégia chamada Alta Oportuna, implantada nos prontos-socorros infantis, fornece orientações e medicamentos aos pais após a liberação hospitalar da criança. Segundo a Secretaria de Saúde, essa medida evita retornos desnecessários e reduz a sobrecarga nas unidades emergenciais.
A recomendação é que os primeiros sinais gripais sejam tratados nas Unidades Básicas de Saúde. Casos mais graves devem ser encaminhados para hospitais. Entre as orientações estão lavar as mãos com frequência, cobrir boca e nariz ao tossir e evitar aglomerações. A máscara continua indicada para quem apresentar sintomas.